As obras da Transnordestina já desapropriaram cerca de 200 km de terras no Piauí. De acordo com o secretário estadual de Transportes, Alexandre Nogueira, é feito um acompanhamento semanal da obra e, apesar dos impasses em relação às desapropriações, faltam apenas 150 km no Estado para completar o caminho da ferrovia. "Atualmente só temos problemas na comarca de São João do Piauí. São mais de 100 processos que foram encaminhados à Justiça Federal ao invés do Tribunal de Justiça do Piauí, que é o competente para julgar essas ações", justifica Nogueira.
Alexandre destaca que o processo de desapropiar terras faz parte do cronograma de convênio entre Estado e União. A previsão de conclusão da obra está marcada para 2011. A ferrovia terá 1.728 quilômetros, e ligará a cidade de Eliseu Martins, no sertão piauiense, aos Portos de Suape (PE) e de Pecém (CE). O investimento é de R$ 4 bilhões, sendo R$ 1 bilhão e 600 mil apenas nos 387 km da Transnordestina no Piauí.
No início do ano o ex-governador Wellington Dias visitou o presidente do TJ-PI, o desembargador Raimundo Nonato Alencar, para colocar um ponto final nos entraves sobre despapropriações concentrados, principalmente, nas comarcas de Símplício Mendes e Rendenção, que atrasavam o andamento da obra no Estado. Ficou acertado que a competência para tratar das desapropiações no Piauí é da Justiça estadual, e não da Federal. Ao todo, deverão ser liberados 507 lotes de terras pertencentes atualmente à empresários, assentamentos e populares. Os gastos com indenizações podem superar a quantia de R$ 3 milhões. (S.B.)