Famosa por ter sido abandonada pelo marido, que passou a viver com a ex-prostituta Bruna Surfistinha em 2005, Samantha Moraes (PMDB) decidiu se candidatar a vereadora de São Paulo com a proposta de defender as mulheres que enfrentam o fim do casamento. "Meu foco são as mulheres e a família", disse. Ela teve a candidatura homologada na convenção de seu partido no último domingo.
Passados sete anos do fim ruidoso de seu casamento, Samantha - que se casou novamente, escreveu um livro e mantém um blog - se diz mais feliz e forte como mulher. "Hoje eu sou grata. Até gostaria de mandar flores para ela (Bruna), mas pareceria despeito", disse Samantha ao Terra sobre a mudança de vida sofrida após se divorciar.
"Descobri (a traição) por um fio de cabelo que eu achei no carro. Foi um caos na minha vida. Meu ex-marido foi embora de casa para ficar com a Bruna", lembrou ela, que na época tinha duas filhas pequenas. "Se não fosse ela, eu seria uma mulher comum, não teria essa força que tenho hoje, não estaria pronta para tudo. Graças a Deus, eu sou grata a tudo que aconteceu, me tornei mais forte", completou.
Após ser exposta na mídia, Samantha escreveu o livro Depois do Escorpião, lançado após a publicação da história de Bruna Surfistinha no best seller O Doce Veneno do Escorpião. O caso famoso fez mulheres pedirem conselhos a Samantha. "Desde que tudo aconteceu, respondo de 30 a 40 e-mails por semana. A traição envolve uma série de problemas para a mulher e filhos", afirmou. O motivo que, segundo ela, a fez decidir entrar na política é o desejo de fazer mais pelas mulheres do que apenas dar conselhos.
Como projetos, Samantha tem o objetivo de deixar mais eficiente a lei da pensão alimentícia: "Falam que a única coisa que dá cadeia no Brasil é não pagar pensão, mas só os tontos são presos. Se o cara ficar três meses sem pagar, depositar R$ 50 e dizer ao juiz que é tudo o que ele tem, não é preso", afirmou
Samantha defende creche até as 20h para que as mulheres consigam trabalhar e sustentar a família sem a dependência de um marido. "A assistência psicológica depois da traição e abandono é fundamental. Para a mulher e para as crianças, que podem se revoltar e diminuir o desempenho na escola", disse ela. "A mulher precisa ficar mais forte", acrescentou.