TSE decide não participar como observador de eleição na Venezuela

Na semana passada, venezuelanos revogaram convite para que a União Europeia enviasse observadores para acompanhar o pleito em julho.

Sede do TSE | Foto: Luiz Roberto/Secom/TSE
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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciou que não enviará observadores brasileiros para as eleições presidenciais na Venezuela, programadas para 28 de julho. Embora o Ministério das Relações Exteriores (Palácio Itamaraty) ainda não tenha recebido uma comunicação oficial do tribunal, diplomatas afirmaram que continuam acompanhando a situação no país vizinho e estão cientes da posição da Corte Eleitoral brasileira.

Normalmente, os observadores são designados por organismos internacionais, através de um acordo prévio entre as nações, para monitorar eleições em um determinado país. Na semana passada, a Venezuela cancelou o convite para que a União Europeia enviasse observadores internacionais para as eleições presidenciais. O anúncio foi feito por Elvis Amoroso, chefe do Conselho Nacional Eleitoral (CNE). 

O Conselho, controlado de fato pelo presidente Nicolás Maduro, que busca seu terceiro mandato, é responsável pela decisão. O escritório da União Europeia em Caracas lamentou a medida e pediu ao Conselho Eleitoral da Venezuela que reconsidere.

No ano passado, o governo de Maduro firmou um acordo com a oposição para realizar as eleições, o que levou os Estados Unidos a suspenderem as sanções econômicas. Contudo, em abril, os americanos reinstauraram as sanções, alegando que o governo venezuelano não estava fazendo o suficiente para garantir uma votação justa.

Missões internacionais já denunciaram irregularidades em eleições anteriores na Venezuela. Os observadores relataram o uso de recursos estatais nas campanhas, disparidade no tempo de TV e nos meios de comunicação entre os partidos, além da desqualificação de candidatos.

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