O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retoma nesta terça-feira o julgamento que pode decidir o futuro político do senador Sergio Moro (União Brasil-PR). O caso, envolvendo o ex-juiz da Lava-Jato, tem gerado uma intensa ofensiva política, mas aliados de Moro estão otimistas quanto à possibilidade de cassação. O processo teve uma tramitação rápida no TSE, sendo julgado em menos de um mês após sua chegada à Corte.
PEDIDO DE VISTA
Apesar da expectativa de concluir o julgamento na mesma data, existe a possibilidade de um dos sete ministros pedir vista. Na última quinta-feira (16), a sessão foi suspensa por falta de tempo após o ministro Floriano de Azevedo Marques ler o relatório sobre o caso.
O QUE ACONTECE SE FOR CASSADO?
Se a maioria dos juízes do TSE votar pela condenação de Moro, o senador perderá seu cargo e ficará inelegível por oito anos. Nessas circunstâncias, será necessário decidir como preencher a vaga de Moro. Uma das possibilidades em discussão é a convocação de uma eleição suplementar no Paraná para escolher um novo senador, que cumpriria mandato até 2031.
QUEM PODERÁ ASSUMIR SEU LUGAR?
Com a possibilidade de destituição iminente, outros políticos já começam a se posicionar na corrida pelo suposto legado do ex-juiz. Entre os potenciais concorrentes estão a líder do PT, Gleisi Hoffmann, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e a esposa do senador, atual deputada federal Rosângela Moro (União).
QUAL A ACUSAÇÃO CONTRA MORO?
Moro enfrenta acusações de abuso de poder econômico nas eleições de 2022, levantadas pelo PT e pelo PL. Os partidos argumentam que o atual senador obteve vantagens sobre seus concorrentes ao se autodeclarar pré-candidato à Presidência meses antes do início da campanha oficial e ao supostamente exceder os limites de gastos permitidos para um candidato ao Senado.