TSE retoma julgamento que pode tornar Jair Bolsonaro inelegível

Corte eleitoral julga se Bolsonaro cometeu abuso em reunião com embaixadores

TSE julga ação que pode tornar Jair Bolsonaro inelegível até 2030 | Jornal Nacional/ Reprodução
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Nesta terça-feira, 27 de junho, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retoma o julgamento da ação, com o potencial de declarar o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível. O processo inicia com o voto do relator, o ministro Benedito Gonçalves. Jair Bolsonaro e seu candidato a vice-presidente, Walter Braga Netto, enfrentam acusações de abuso de poder político e utilização inadequada dos meios de comunicação.  

Durante a disputa presidencial em julho de 2022, Jair Bolsonaro convocou embaixadores de países estrangeiros, utilizando a estrutura pública do Palácio da Alvorada, a TV Brasil e suas redes sociais, para realizar ataques infundados ao sistema eleitoral e às urnas eletrônicas. Além disso, ele repetiu teses sobre o assunto que já haviam sido previamente desmentidas. 

Na última quinta-feira, 22 de junho, deu-se início ao julgamento com a apresentação do resumo do caso e das argumentações das partes envolvidas - o advogado do PDT, responsável pela ação, o advogado representante da chapa Bolsonaro-Braga Netto e o Ministério Público Eleitoral. Após o voto do relator, os ministros Raul Araújo, Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia (vice-presidente do TSE), Nunes Marques e, por fim, Alexandre de Moraes, presidente da Corte, proferirão seus votos. 

As sessões agendadas para os dias 27 e 29 de junho foram reservadas para o julgamento, enquanto uma sessão adicional estava inicialmente programada para sexta-feira, marcando o encerramento do semestre. A defesa do ex-presidente Bolsonaro indicou sua intenção de recorrer da decisão proferida pelo tribunal. 

Além disso, existem outras 15 ações pendentes contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, as quais também podem resultar em sua inelegibilidade. O responsável pela relatoria desses processos é o corregedor-geral eleitoral, o ministro Benedito Gonçalves.

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