O ação protocolada pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), que está sendo analisada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta quinta-feira (22), também pode tornar inelegível o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa e vice-candidato na chapa de Jair Bolsonaro (PL), general Walter Braga Netto. Esse é o pedido dos autores do documento. Porém, ao contrário do que se é observado com o ex-presidente, a inelegibilidade de Braga Netto não tem apoio do Ministério Público Eleitoral (MPE).
Em manifestação assinada pelo vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet, não há nenhum indício referente à participação do ex-ministro ou de conduta abusiva por sua parte transcrita na ação.
Na ocasião da reunião com embaixadores - em que o ex-presidente atacou a eficiência e segurança do sistema eleitoral brasileiro - Braga Netto apenas acompanhou as conspirações sem contribuir para sua propagação. Por causa disso, aliados acreditam que ele escapará de uma condenação, diferente de Bolsonaro que já até admitiu ter altas chances de ser responsabilizado pela Corte Eleitoral.
A defesa do ex-chefe do Executivo e do ex-ministro na ação, o advogado Tarcísio Vieira, também afirma que - por decorrência da falta de materialidade nas acusações contra o ex-candidato a vice - Braga Netto não deve ser condenado pelo uso exacerbado de poder político e dos meios de comunicação.
O ex-ministro da Casa Civil é cotado, inclusive, para ser candidato - sob a ideologia do Partido Liberal (PL) - nas eleições municipais do Rio de Janeiro em 2024.