Valério tem 23 dias da pena abatidos após cursos de inglês e direito

Operador do mensalão foi condenado a mais de 37 anos por quatro crimes

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Condenado como operador do mensalão a mais de 37 anos de prisão no julgamento do mensalão do PT, Marcos Valério conseguiu abater 23 dias da pena após realizar cursos à distância de inglês e de direito constitucional dentro do Complexo Penitenciário da Papuda, onde está preso desde novembro do ano passado.

A informação consta de ofício enviado pela Vara de Execuções Penais do Distrito Federal para o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, na última quinta-feira (22).

O documento relata que, em abril, foram remidos 15 dias por conta da participação de curso de direito constitucional, com 180 horas de duração, realizado pelo Cened - Centro de Educação Profissional entre janeiro e março deste ano.

Antes, oito dias já tinham sido descontados pelo curso de inglês para iniciantes feito entre novembro e dezembro do ano passado, com carga horária de 100 horas.

Os cursos são realizados dentro da cadeia por meio de convênio da escola com o Distrito Federal, mas os detentos precisam fazer uma prova na presença de representantes do sistema prisional e da escola. Marcos Valério realizou as duas provas dentro da Papuda.

Marcos Valério obteve a maior pena entre os condenados no processo do mensalão do PT: 37 anos e 5 meses e 6 dias pelos crimes de corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Na última quarta (21), o presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, autorizou a transferência de Valério para penitenciária na cidade de Contagem, em Minas Gerais. Ele deve ser transferido nos próximos dias.

Marcos Valério pediu transferência para penitenciária Nelson Hungria - que é a mesma que abriga atualmente o ex-goleiro Bruno Fernandes, condenado por mandar matar a ex-amante Eliza Samudio - porque quer ficar mais perto da família.

A Vara de Execuções Penais de Contagem desaconselhou a transferência por conta de um suposto plano de extorsão que existiria no presídio, mas Barbosa autorizou a ida porque mesmo diante da informação o condenado disse que queria ser transferido.

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