O vereador de Piracuruca, Cerqueira Neto, manifestou-se publicamente após a prisão de seu filho, Raimundo Bisneto, de 27 anos, na última sexta-feira (3). A ação fez parte da Operação 67, conduzida pelo Denarc (Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico), que também cumpriu mandados de busca na residência do vereador, além de apreender armas de fogo na casa de Bisneto.
Em nota oficial, Cerqueira Neto afirmou que as investigações ainda estão em andamento e criticou a falta de evidências que sustentem as acusações. O parlamentar classificou a operação como uma invasão à sua privacidade e de sua família, causando-lhes constrangimento, que, segundo ele, foi “cruel e desnecessário”.
“Sem qualquer fundamento sólido, foram levantadas contra mim acusações graves e infundadas de envolvimento com crimes que repudio com veemência, tanto como cidadão quanto como profissional de segurança. Quero deixar claro: não há qualquer prova que sustente essas acusações, porque simplesmente elas não existem à verdade”, declarou.
Cerqueira Neto, que também atua como policial civil, destacou sua trajetória de mais de duas décadas no serviço público, afirmando que sempre defendeu a ética, a justiça e a segurança pública.
“Confiem na verdade. Não me calarei diante dessa injustiça. Mesmo sendo vítima de tudo isso, permaneço firme e determinado a provar que minha história e meu caráter falam mais alto do que qualquer tentativa de difamação”, concluiu.
A operação e as acusações
Raimundo Bisneto foi detido em uma ação que visava combater o tráfico de drogas em Piracuruca e municípios vizinhos. Segundo o delegado Samuel Silveira, coordenador do Denarc, Bisneto é apontado como um dos principais traficantes da região, gerenciando uma rede que envolvia armas e entorpecentes.
Na residência de Raimundo, a polícia apreendeu três armas de fogo. Além de tráfico, ele será acusado de corrupção de menores. Apesar de Cerqueira Neto não ter sido preso, ele segue como alvo das investigações, podendo ser detido caso novos desdobramentos justifiquem a medida.
As autoridades descartaram, por ora, qualquer vínculo de Bisneto com facções criminosas. O jovem não possuía antecedentes criminais até o momento da operação.