O vereador Gilberto Natalini, do PV-SP, durante entrevista, afimou que foi um dos torturados pelo coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, homenageado durante a votação do impeachment pelo deputado Jair Bolsonaro, do PSC. Natalini não era da luta armada, mas fazia posição à ditadura militar.
"O DOI-Codi era um centro de horror. Ustra era um ser monstruoso. Ele maltratava com as próprias mãos. Eu fui testemunha viva da brutalidade do Ustra. Eu digo tudo isso e provo. A tortura e o genocídio são as práticas mais hediondas da espécie humana", disse o vereador que, na época, era estudante de medicina e tinha apenas 19 anos.
"Ele era muito violento, era um doente mental. Ninguém pode, em sã consciência, torturar uma pessoa. Uma pessoa assim não é um humano normal. O Ustra era um ser desse tipo. Ele passava da serenidade máxima para a demência máxima", continuou.
Natalini lembra que Ustra bateu nele durante uma noite toda com um pedaço de madeira. "Ele comandava tudo. Ele entrava e saía, mandava bater e dizia quando devia parar", disse.