Notas fiscais apresentadas no primeiro ano da atual legislatura mostra que vereadores de São Paulo usam verba de gabinete para pagar aluguel de carro pelo dobro do preço oficial, comprar papel higiênico para escritório político e encomendar brindes e homenagens para agradar seu eleitorado, entre outras irregularidades. Análise feita pelo jornal O Estado de S. Paulo mostra que, entre os pedidos de reembolso feitos em 2013 há também recibo de lavagem de carros de luxo particulares, e um caso chama atenção: a BMW particular de Rubens Calvo (PMDB), por exemplo, foi lavada dez vezes, ao custo que variou de R$ 30 a R$ 180.
O levantamento mostra que, dependendo do vereador, boa parte dos gastos não segue o princípio do interesse público nem a regra do menor preço, de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal. Parlamentar novato, Masataka Ota (PROS), por exemplo, gastou R$ 5,3 mil por mês com o aluguel de um Toyota Corolla. Por menos da metade do preço, a Câmara oferece um Fiat Linea, ao custo mensal de R$ 2,6 mil. Gastos com lavagem de veículo e pagamento de contas de escritórios não estão vetados, de acordo com o Regimento Interno da Câmara, ainda que os gastos com dinheiro do contribuinte devem atender ao interesse público.