Na medida em que se aproxima o fim do mandato dos atuais integrantes do Legislativo municipal, os vereadores v?o aproveitando para fazer uma autocr?tica, ao levantar os temas a serem priorizados pela nova composi??o que tomar? posse a partir de janeiro de 2009. Em contato com o Di?rio do Nordeste, os vereadores Adelmo Martins (PR) e Walter Cavalcante (PHS), sobre assuntos diferentes, colocaram desafios a serem enfrentados pela nova Mesa Diretora do Legislativo e todos os demais vereadores que foram eleitos em 5 de outubro passado para exercerem o mandato a partir de janeiro do pr?ximo ano.
Em tom mais cr?tico, Adelmo Martins lamentou a ?submiss?o? do Leegislativo aos interesses da Prefeitura. Ele cobra que os parlamentares cumpram suas atribui?es de legislar e fiscalizar o Executivo, o que, na vis?o dele, n?o vem sendo feito. ?A C?mara tem que ter uma independ?ncia. N?o podemos ficar ref?m das vontades do chefe do Executivo porque isso acaba diminuindo nossa import?ncia perante a sociedade?, argumenta o vereador.
Para ele, ? necess?rio tamb?m que a nova Mesa Diretora pense em uma descentraliza??o do poder que, conforme avalia, est? muito concentrado nas m?os do presidente da Casa. ?Infelizmente hoje, nossa C?mara ? muito presidencialista. Todos os outros cargos da Mesa foram esvaziados.
Outra cobran?a do parlamentar ? para que a C?mara fa?a a elei??o da Mesa de forma independente. ?N?s vamos ler o jornal e encontramos: ?prefeita indicar? novo presidente?. Isso ? ruim para a Casa, pois mostra submiss?o. N?s somos independentes e devemos fazer isso com responsabilidade?, disse.
ABSTEN??ES
J? o vereador Walter Cavalcante (PHS), defende que foram muitas as realiza?es da C?mara na atual legislatura. A falha, na vis?o dele, foi na comunica??o com a popula??o. ?A maioria das conquistas da C?mara nesse per?odo n?o chegaram ? popula??o. Faltou sintonia. N?o sei o que houve, mas a resposta popular foi a absten??o de 300 mil pessoas?, lamentou, defendendo que o pr?ximo presidente dever? estreitar os la?os com a imprensa e pensar em uma forma mais eficiente de se atingir a popula??o sobre as realiza?es dos vereadores.
?Com essas 300 mil absten?es, se esse pessoal tivesse ido votar, o quociente eleitoral teria ido para 34 mil votos. Muitos vereadores que a? est?o n?o teriam sido eleitos. As pessoas que n?o votaram, acabaram influindo diretamente nos que foram eleitos?, criticou.