A eleição para a escolha do novo presidente da Câmara de Vereadores de Teresina está marcada para dezembro mas, apesar disso, os vereadores já se movimentam para a sucessão do atual presidente da Casa, o tucano Renato Berger. Ele admitiu que concorrer à reeleição é ?possível?. ?O regimento permite e é uma possibilidade, mas os vereadores ainda estão muito ligados à campanha eleitoral. Após o segundo turno definiremos isso?, disse Berger.
O tucano ainda avalia sua gestão, que foi indicada pelo ex-prefeito Sílvio Mendes (PSDB), como ?positiva?. ?Tivemos a mudança de prédio e, apesar da redução de recursos não recebi nenhuma reclamação dos vereadores?, pontuou. Antigos aliados na Prefeitura, membros do PTB e PSDB estremeceram relações com o apoio dos petebistas à campanha do governador Wilson Martins (PSB) ao Palácio de Karnak. Já o vereador Major Paulo Roberto, do PRTB, ressaltou que ser o único representante do partido na Câmara não é um impedimento para tentar ocupar a vaga de Renato.
?A partir de novembro irei estudar a viabilidade do meu nome ou em quem devo votar?, ressaltou Paulo Roberto, acrescentando que, apesar da escolha do novo presidente da Casa passar, tradicionalmente, pelo crivo do prefeito, a escolha final recai sob a responsabilidade dos 21 vereadores eleitos. ?O Sílvio foi um trator e fez a sua escolha. Embora eu tenha votado no Renato Berger, houve essa interferência?, criticou.
Segundo o vereador, o prefeito Elmano Férrer (PTB) não possui oposição na Câmara, facilitando assim a articulação de um nome de consenso. Ele ressalta, no entanto, que o cenário poderá mudar com o resultado das eleições no segundo turno. ?O prefeito é muito sensato e está fazendo um bom governo. Não vejo nenhum vereador contra ele?, disse. Os suplentes não poderão concorrer à presidência da Casa.
O líder da Prefeitura na Câmara, o vereador Inácio Carvalho (PMDB), afirmou que o assunto ainda não foi discutido por Elmano. ?No início de novembro iremos começar as discussões, por enquanto essas especulações são naturais?, argumentou. Carvalho destacou ainda que o prefeito deverá optar por um caminho de ?entendimento?. ?Não queremos disputa e sim um candidato de consenso?, frisou. Além de Berger e Paulo Roberto, outro nome cotado para disputar a presidência da Casa é a vereadora petebista Graça Amorim, que ocupa o cargo de secretária municipal de Assistência Social de Trabalho e Cidadania da PMT. (S.B.)