O Palácio do Planalto informou nesta sexta-feira (6) que a ida da presidente Dilma Rousseff ao funeral de Nelson Mandela na África do Sul foi antecipada, do dia 14 de dezembro para o dia 10. De acordo com a assessoria da presidente Dilma Rouseff, a mudança se deve a uma alteração no protocolo estabelecido pelo governo sul-africano.
Segundo o Planalto, a previsão inicial, do dia 14, tinha sido feita com base no protocolo estabelecido ainda quando Mandela estava internado, entre junho e setembro. Nesta sexta-feira (6), no entanto, o governo sul-africano enviou uma circular a todas as embaixadas com sede no país informando a nova programação.
Segundo o documento, o dia reservado aos chefes de Estado, agora, é a próxima terça-feira (10). Eles foram convidados a participar de uma missa fúnebre oficial no Estádio FNB, em Joanesburgo. A previsão de ida de outros presidentes também pode mudar.
De acordo com a assessoria do Planalto, ainda não há previsão para a data de partida da presidente. Eles informaram também que a Chancelaria da África do Sul convidou os embaixadores de todos os países com representação lá para comparecerem na sede do órgão, onde serão dadas novas informações a respeito do protocolo.
Símbolo da luta contra a discriminação racial, Nelson Mandela morreu nesta quinta-feira (5), em Pretória, aos 95 anos. O ex-presidente sul-africano ficou internado de junho a setembro devido a uma infecção pulmonar. Ele deixou o hospital e estava em casa. Morreu às 20h50, no horário local de Pretória ? 16h50 do horário brasileiro de verão.
O corpo será enterrado, de acordo com seus desejos, na aldeia de Qunu, localizada na província pobre do Cabo Leste, onde Mandela cresceu. Os restos mortais de três de seus filhos foram sepultados no mesmo lugar, em julho, após ordem judicial.
Conhecido como "Madiba" na África do Sul, Mandela foi considerado um dos maiores heróis da luta dos negros pela igualdade de direitos no país e foi um dos principais responsáveis pelo fim do regime racista do apartheid, vigente entre 1948 e 1993.
Nota de pesar
Na quinta-feira (5), Dilma divulgou nota de pesar dizendo que governo e povo brasileiro "se inclinam diante da memória de Mandela". A presidente destacou ainda a luta do líder sul-africano contra o apartheid.
"Personalidade maior do século XX, Mandela conduziu com paixão e inteligência um dos mais importantes processos de emancipação do ser humano da história contemporânea ? o fim do apartheid na África do Sul", disse a chefe do Executivo no comunicado.