A confirmação do nome do vice-governador da Bahia, João Felipe de Souza Leão, entre os que serão investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), irritou o político do PP. O partido foi o recordista de nomes, com 31 parlamentares envolvidos.
Em nota, Leão se disse surpreso por seu nome constar na lista e afirmou que está “cagando e andando” para “esses cornos todos”. A abertura de inquérito no STF foi autorizada pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava-Jato na Corte.
“Acredito que pode ter sido por ter recebido recursos em 2010 das empresas que estão envolvidas na operação. Mas, botar meu nome numa zorra dessas? Não entendo. Estou cagando e andando, no bom português, na cabeça desses cornos todos. Sou um cara sério, bato no meu peito e não tenho culpa”, afirmou o vice-governador da Bahia.
Os 28 inquéritos aceitos por Teori e que investigarão 45 políticos com foro privilegiado foram abertos com base em apenas duas delações premiadas, feitas pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e pelo doleiro Alberto Youssef. Já foram fechados, no entanto, 15 acordos de colaboração — recorde absoluto em investigações de escândalos de corrupção no país.
Segundo a procuradoria-geral da República, os políticos recebiam uma espécie de mensalão da Petrobras, pagamentos mensais a partir de propinas cobradas de contratos com a estatal.