A vice-governadora Regina Sousa (PT) não quis comentar a nota da Secretaria de Mulheres do PT sobre um suposto silenciamento da vice-governadora por parte da Assembléia Legislativa do Piauí (Alepi), que homenageou a ativista Maria da Penha com o título de cidadania piauiense.
“A polêmica não fui eu que criei e não vou ser eu que vou alimentá-la. Eu sei que tem muita gente querendo isso, mas eu não quero. É normal que a militância faça, mas não vou entrar nessa polêmica”, disse Regina Sousa.
No entanto, ela comentou que o machismo ainda manda na política, algo que precisa ser superado. “A nossa luta das mulheres é recente. Ainda tem muita concepção equivocada que não reconhece o espaço delas. Mas estamos conquistando a cada dia, e vai melhorar a cada dia porque a luta permanece. Nosso papel de mulher na sociedade é fazer a transformação”, considera a vice-governadora.
Regina Sousa é a segunda vice-governadora da história do Piauí. Ela aponta o PT como um partido visionário na luta das mulheres. “É uma concepção partidária que temos. A recomendação do partido é incluir mulheres nas concepções de chapadas. Nós temos regras mais rígidas que a lei. Nossa lei é a paridade. O PT, desde que nasceu, tem uma secretaria de mulheres. Temos mais tradição de lutas por mulheres que os outros partidos, mas os outros já se incorporaram e fizeram adequações nos estatutos”, lembra Sousa.
A petista afirma que é preciso construir uma frente de força para eleger mais mulheres, mas que isso parte de uma boa formação cidadã. “A luta só avança, e a gente espera que nesta eleição nós possamos eleger mais mulheres no parlamento. Para isso, tem que ter uma campanha educativa, nada acontece sem passar pela educação. Por isso demora. É uma construção histórica”, finaliza.
NOTA DA SECRETARIA ESTADUAL DE MULHERES DO PT/PI
Muito Prazer, Somos as Sororas, Somos as Mulheres do PT!
Os espaços de poder predominantemente ocupados por homens, como a Assembleia Legislativa do Estado do Piauí (ALEPI), não podem ser um espaço que discrimine as mulheres e o SILÊNCIO a expressão dessa discriminação, principalmente quanto se dá num contexto em que Maria da Penha, ícone do enfrentamento à violência contra as mulheres, está recebendo um título de cidadania.
A violência de gênero é um problema da sociedade, é um termômetro, que a partir dele é possível fazer uma leitura do caminho histórico, da lógica do patriarcado, sua aliança com o capitalismo, com a economia e a política.
A conquista das mulheres nos espaços de poder, não necessariamente acaba com a ordem patriarcal, a exemplo do que aconteceu na ALEPI, em 29 de agosto, onde a vice-governadora Regina Sousa, no ato representando o governador do estado do Piauí, foi SILENCIADA, sofreu violência institucional, onde o machismo enraizado no imaginário social foi reproduzido de forma gritante na solenidade.
A ideia de que juntas as mulheres são mais fortes, a SORORIDADE, que trata da solidariedade feminista no combate à rivalidade e à competição, pregadas pelo machismo, não podem ser fomentadas nos espaços de poder, onde a diversidade deve prevalecer, estamos falando não só em mudar mentalidades, mas em mudar a sociedade em termos estruturais e culturais.
Somos Todas REGINA SOUSA, mulher, negra, quebradeira de coco babaçu, guerreira que faz o enfrentamento diário contra a discriminação e luta incansavelmente por justiça social.
#SomosTodasReginaSousa
#ElasPorElas