No último sábado (17), o ex-coach e candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), foi condenado pela Justiça Eleitoral em três processos distintos. As decisões judiciais determinam que Marçal publique em suas redes sociais e no YouTube as respostas do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), também candidato à prefeitura, após Marçal ter sugerido que Boulos seria usuário de cocaína.
O juiz Rodrigo Marzola Colombini, da 2ª Zona Eleitoral de São Paulo, estabeleceu que Marçal deve divulgar esses conteúdos com o mesmo nível de impulsionamento que as postagens ofensivas, por um período de 48 horas, e remover os vídeos que contêm as alegações.
liberdade de expressão como desculpa
Marçal alegou que suas declarações foram críticas políticas feitas durante um debate eleitoral e não uma acusação direta. Sua defesa argumenta que o ex-coach estava exercendo seu direito à liberdade de expressão. No entanto, o juiz determinou que as publicações de Marçal ultrapassaram os limites da liberdade de expressão e configuraram ofensas à honra de Boulos, exigindo a correção pública dessas acusações.
Em outra decisão, o juiz Murillo D'Avila Vianna Cotrim também da 2ª Zona Eleitoral, ordenou que Marçal publique o direito de resposta relacionado a trechos de um debate promovido pelo Estadão, Terra e FAAP, onde Marçal se referiu a Boulos como "aspirador de pó". A defesa de Marçal alegou que a expressão era uma metáfora para descrever a atração por "lixo" em relação a Boulos.
possíveis crimes eleitorais
Além das condenações, o Ministério Público de São Paulo solicitou à Polícia Federal a abertura de um inquérito para investigar possíveis crimes eleitorais cometidos por Marçal. O promotor Nelson dos Santos Pereira Junior acolheu o pedido da campanha de Boulos, que alegou que as acusações de Marçal poderiam enganar e influenciar eleitores, afetando negativamente o processo eleitoral.
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