Dois dias após a Operação Contragolpe, que revelou o plano de aliados militares ao governo Bolsonaro para tentar impedir a posse do presidente Lula (PT), o chefe do Executivo abordou o caso em público pela primeira vez. Durante evento no Palácio do Planalto nesta quinta-feira (21), Lula comentou a tentativa em tom de brincadeira. “A tentativa de envenenar eu e o Alckmin não deu certo, e nós estamos aqui”, declarou, arrancando risos da plateia.
O evento marcou o lançamento do Programa de Otimização de Contratos de Concessão de Rodovias, que prevê R$ 110 bilhões em investimentos até 2026. Durante o discurso, o presidente desenvolveu um tom mais sério ao refletir sobre a democracia brasileira. “Quando disputamos as eleições, meu desejo era trazer ao Brasil uma normalidade democrática, onde divergências políticas e ideológicas fossem tratadas de forma civilizada, com respeito às vitórias e derrotas”, afirmou.
“E não quero envenenar ninguém, nem perseguir ninguém”
Lula promoveu a mudança que acredita ter ocorrido no país sob sua gestão. “Esse país mudou. E não quero envenenar ninguém, nem perseguir ninguém”, destacou, em referência às acusações contra seus adversários. Segundo o presidente, sua meta é desmoralizar os governos anteriores com resultados concretos e números. Ele reafirmou a importância de uma convivência democrática, sem ameaças ou violência.
Ao concluir o discurso, Lula enfatizou o compromisso com a governabilidade e a segurança institucional. “O Brasil precisa avançar com investimentos, infraestrutura e civilidade”, disse. O caso revelado pela Polícia Federal segue em investigação, trazendo à tona novos debates sobre a estabilidade democrática do país e os desafios enfrentados pelo atual governo.
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