Na última sexta-feira (21), Divinópolis de Goiás, na região nordeste do Estado e parte da área de Terra Ronca, foi palco de um incidente tenso envolvendo a servidora pública e pré-candidata a prefeita Isteiner Abreu, do partido Progressistas, e Pedro Tolentino, pai do atual prefeito Charley Tolentino (PL). A confusão, registrada em vídeo por Isteiner, ocorreu no centro da cidade.
Isteiner Abreu, que concorre à prefeitura pela segunda vez após uma disputa acirrada na última eleição, relatou à imprensa local os detalhes do ocorrido. Ela trabalha como assistente social no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e, ao sair do local de trabalho ao meio-dia, acompanhada por colegas, notou a presença de Pedro Tolentino. Sentindo-se intimidada pelo olhar fixo de Pedro, Isteiner voltou ao Cras para pegar a chave do carro. Ao retornar e tentar abrir a porta do veículo, foi surpreendida por tapas no rosto e nos braços desferidos por Pedro.
ESTAVA ARMADO?
Segundo Isteiner, Pedro proferiu ameaças enquanto a agredia, mencionando questões envolvendo veículos alugados para a prefeitura. Ela também afirmou que Pedro sugeria estar armado, pegando na cintura repetidamente, e que seus óculos foram quebrados durante o ataque. Colegas de trabalho e um motociclista intervieram para ajudar a vítima, enquanto uma viatura da PM que passava pelo local não conseguiu conter a agressividade de Pedro.
EXAME DE CORPO DE DELITO
Após o incidente, Isteiner registrou um Boletim de Ocorrência e realizou um exame de corpo de delito no hospital da cidade. Ela acredita que a agressão foi motivada por uma denúncia de que Pedro teria veículos prestando serviços à prefeitura, o que gerou intimidações e ameaças aos aliados políticos de Isteiner, incluindo um vereador cuja propriedade foi invadida.
A confusão teria se intensificado após trocas de acusações nas redes sociais entre a filha de Isteiner e o prefeito Charley Tolentino. Durante o tumulto, Charley retirou o pai do local.
posição do acusado
Pedro Tolentino, em sua defesa, negou as acusações de agressão, afirmando que apenas tentou tomar o celular de Isteiner quando ela começou a filmar e que as denúncias são infundadas. Ele declarou que seus bens foram adquiridos legalmente através de trabalho árduo e herança familiar.
O partido Progressistas em Goiás emitiu uma nota repudiando a agressão sofrida por Isteiner Abreu, classificando o ato como uma afronta aos princípios democráticos e à convivência pacífica, e se comprometeu a apoiar a pré-candidata na busca por justiça.