Na terça-feira (30/7), uma cena incomum foi registrada no norte da Venezuela: policiais foram flagrados retirando seus uniformes e se recusando a reprimir uma manifestação contra a reeleição do presidente Nicolás Maduro. O ato ocorreu após o pleito presidencial de domingo (28), no qual Maduro se autoproclamou vencedor, apesar das suspeitas de fraude e contestações da oposição.
crescente onda de protestos
A situação na Venezuela está marcada por uma crescente onda de protestos. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarou a vitória de Maduro, mas a oposição alega irregularidades no processo eleitoral. Desde então, tanto manifestações contrárias quanto a favor de Maduro têm sido frequentes. Em um vídeo amplamente divulgado, é possível ver os policiais retirando seus uniformes enquanto os manifestantes entoam gritos de “liberdade”.
13 mortes
A ONG Laboratório da Paz, coordenada por Lexys Rendón, relatou 210 “protestos espontâneos” em todo o país, os quais foram reprimidos com “ações repressivas por parte do Estado venezuelano”. A violência dos protestos resultou na morte de 13 pessoas, incluindo dois menores de idade, conforme divulgado pelo Foro Penal e pelo jornal digital argentino Infobae.
Às 15h no horário local (16h em Brasília) da terça-feira (30/7), o Foro Penal registrou 177 detenções, a maioria em Caracas, com 38 ocorrências. Entre os mortos, cinco foram na capital venezuelana. A divergência nos números das prisões é notável, com o Ministério Público da Venezuela informando pelo menos 749 detidos.
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