W. Dias avança em proposta de criação da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza

O ministro lamentou os retrocessos causados pela pandemia e por uma administração equivocada no Brasil nos últimos anos

W. Dias avança em proposta de criação da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza | Foto: Divulgação/MDS
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Durante seu pronunciamento na Cúpula Global contra a Fome em Londres, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, delineou os fundamentos para a proposta de estabelecer a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, uma iniciativa concebida pelo presidente Lula durante o G20. O ministro enfatizou a necessidade de uma abordagem internacional e coordenada para enfrentar esses desafios, destacando a experiência bem-sucedida do Brasil na redução da fome durante os primeiros mandatos do atual presidente. 

A proposta da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza visa estabelecer uma colaboração entre governos, organizações internacionais e fundos multilaterais, buscando enfrentar a insegurança alimentar e a pobreza em escala global. O intuito é capitalizar a experiência acumulada e os recursos disponíveis para implementar políticas públicas e programas eficazes no combate a essas questões prementes.

O ministro lamentou os retrocessos causados pela pandemia e por uma administração equivocada no Brasil nos últimos anos, que resultaram em um aumento alarmante da desnutrição e da insegurança alimentar no país. Mas destacou o renovado compromisso do governo do presidente Lula para mudar esse cenário e acabar com a fome no Brasil, bem como apoiar essa causa no mundo, ajudando a reverter a preocupante tendência de aumento da fome e da pobreza desde a pandemia, colocando em risco alguns dos principais Objetivos do Desenvolvimento Sustentável .

“Para reverter essa tendência, estamos propondo a criação de uma força-tarefa especial no G20, que terá como missão forjar a Aliança Global. Essa aliança buscará angariar recursos financeiros e conhecimento para apoiar a implementação e ampliação de ações, políticas e programas de combate à fome e à pobreza em nível nacional e global”, destacou o ministro ao garantir que todos os países que desejarem aderir serão importantes.

Ainda durante a cúpula, o ministro Wellington Dias alertou sobre os impactos das mudanças climáticas no Brasil, mencionando a pior seca registrada na história da Amazônia e eventos extremos em diferentes regiões do país, como enchentes, ciclones, ondas de calor e deslizamentos de terra. Ele enfatizou a importância de políticas sociais abrangentes para enfrentar esses desafios e criar resiliência nas comunidades mais vulneráveis. Entre os programas mencionados, Dias ressaltou o fortalecimento do Programa Bolsa Família, que beneficia mais de 55 milhões de pessoas, e o Cadastro Único, uma base de dados estratégica para as ações sociais no país.

“Acreditamos na proteção social como forma de aumentar a resistência dos mais pobres a crises de todo gênero. Estamos fortalecendo o Programa Bolsa Família, que possui atualmente mais de 55 milhões de beneficiários, sendo a maioria mulheres. Temos uma base de dados estratégica, o Cadastro Único, com o mapeamento socioeconômico de 96 milhões de cidadãos brasileiros de baixa renda. A partir dessas informações, estamos elaborando políticas públicas focalizadas e aderentes às necessidades dessa população”, explicou.

O ministro destacou ainda o Programa Cisternas como um exemplo de iniciativa eficaz na prevenção de desastres, redução da pobreza e adaptação às mudanças climáticas. Segundo ele, mais de um milhão de cisternas foram entregues, beneficiando especialmente as famílias chefiadas por mulheres, proporcionando acesso mais fácil à água e liberando tempo para atividades familiares e produtivas.

(Com informações do MDS)

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