O governador Wellington Dias (PT) deu um recado direto para o vice-governador Wilson martins e afirmou que a melhor data para escolher o candidato da base aliada ainda é o mês de março do próximo ano. ?Minha preferência é que até março tudo esteja resolvido?, destacou ontem durante a abertura do Seminário Comércio Internacional em Teresina. Dias ainda negou que cúpula nacional do Partido dos Trabalhadores estaria interferindo na sucessão estadual do Piauí, pressionando para que ele saísse como candidato ao Senado.
?O presidente Lula tem me deixado bastante à vontade, inclusive me reuni na semana passada com o presidente do partido, o Ricardo Berzoini, e com o presidente eleito, o Dutra?, ressaltou. O governador adiantou que a estratégia do PT será priorizar a campanha da ministra Dilma Roussef à Presidência da República buscando, portanto, construir alianças que dêem sustentação ao projeto de ampliar a bancada parlamentar de apoio no Congresso e Senado em 2010.
Os fortes comentários nos bastidores do Palácio do Karnak garantindo que o governador já teria definido que vai continuar no cargo até o fim do mandato, foram rebatidos por Dias.
?Estou livre para tomar uma decisão, não existe nada fechado?, pontuou, acrescentando que, ?em primeiro lugar vêm os interesses do povo?. Sendo um dos nomes mais bem colocados em pesquisas de intenção de voto para a vaga de senador, ele revela que tem ?recebido apoio e já manifestei interesse em construir essa chapa que represente a vontade do povo?, disse. E acrescentou que isso inclui ?a representatividade das lideranças dos partidos?.
O chefe do Executivo estadual ainda citou o nome do secretário estadual de Educação, Antônio José Medeiros (PT), como ?bem projetado? para dar continuidade ao projeto de Governo iniciado por ele. As afirmações de Dias vão contra as pretensões de Wilson Martins, que articula a mudança de data para definição do candidato governista para junho ao invés do final de março, que é o prazo máximo para descompatibilização dos políticos que pretendem concorrer a um cargo nas eleições do ano que vem.