O ministro Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social) gravou um vídeo nesta quarta-feira (18) para rebater afirmações do candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) sobre o Bolsa Família, entre elas a de que o programa não criaria estímulos ao emprego.
No debate promovido nesta terça-feira (17) por RedeTV! e UOL, o ex-coach foi questionado sobre declarações passadas sobre o Bolsa Família —o qual já chamou de Bolsa Miséria—, entre elas a de que os beneficiários seriam desempregados profissionais.
Marçal, em resposta, afirmou que no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) o beneficiário poderia ter o Bolsa Família e uma renda alternativa.
"No governo esquerdista, foi cortada a possibilidade de você ter uma renda alternativa, sendo que se você não tem essa renda alternativa você nunca vai prosperar na sua vida", afirmou.
Em vídeo, o ministro, sem citar o candidato a prefeito de São Paulo, diz que "é muito fácil atacar políticas para os mais pobres". "Veja que tem um preconceito por trás disso", complementa.
A seguir, ele afirma ser falso que o programa não cria estímulo ao emprego. "Mas é um emprego decente, um emprego adequado ali à realidade de cada pessoa."
Segundo ele, no ano passado 9 milhões de brasileiros do Bolsa Família celebraram um contrato formal de trabalho, enquanto em 2024 mais 5,5 milhões farão o mesmo.
"Quando a gente olha o saldo positivo do Caged, do Cadastro Geral do Emprego, no ano passado (...) 71% das vagas foram preenchidas pelo público do Bolsa Família, do cadastro único. E este ano já estamos chegando a 77%."
O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social destacou ainda que o programa criou uma regra de proteção que assegura às famílias o pagamento do auxílio mesmo quando houver aumento de renda mensal acima de R$ 218 por pessoa.
O aumento de renda, segundo as regras, não pode superar meio salário mínimo por indivíduo da família. Os beneficiários passam a receber 50% do valor regular do Bolsa Família por até dois anos.