A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) pediu aos ministros do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) que reconsiderem “com carinho” a decisão de cassar seu mandato. O pedido foi feito na segunda-feira (16), durante entrevista na Câmara dos Deputados. Zambelli destacou que os magistrados devem se atentar aos dados e fatos apresentados em sua defesa, afirmando que eles "podem ser julgados".
uso indevido dos meios de comunicação
A parlamentar foi alvo de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) movida pela deputada Sâmia Bomfim (PSOL), que acusa Zambelli de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Na última sexta-feira (13), o TRE-SP formou maioria de 4 a 0 pela cassação de seu mandato e sua inelegibilidade por oito anos. O julgamento foi suspenso após pedido de vista da juíza Maria Cláudia Bedotti.
Zambelli afirmou que “nunca questionou a democracia”, mas defendeu a necessidade de mais transparência no processo eleitoral. Segundo ela, suas declarações nunca colocaram em dúvida a segurança das urnas, mas apenas a transparência das eleições. A deputada reiterou que suas críticas não se dirigiram contra a democracia ou a legitimidade das eleições.
A deputada também rejeitou a tese de que teria incentivado os seus candidatos a acreditar em fraudes no sistema eleitoral. Para reforçar o argumento, destacou que recebeu 946.244 votos em 2022. “Se eu tivesse de alguma maneira influenciado essas pessoas, elas não teriam comparecido às urnas para fazer esse voto de confiança em mim”, declarou Zambelli, que segue buscando reverter a decisão do TRE-SP.
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