
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin agendou para os dias 8 e 9 de abril o julgamento do núcleo militar da trama golpista, denunciada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
O processo será dividido em três sessões para avaliar se os denunciados se tornarão réus, seguindo o mesmo procedimento que será adotado para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete acusados, que terão seu julgamento marcado para o dia 25 de março.
Entre os envolvidos estão dois generais, três coronéis, cinco tenentes-coronéis e um policial federal. O número de sessões foi definido para garantir tempo suficiente para ouvir todos os acusados. Além disso, os processos dos grupos 1 (que inclui Bolsonaro e o general Braga Netto) e 2 também serão analisados em três sessões, distribuídas ao longo de dois dias de trabalho.
O núcleo 3 da acusação da PGR é formado por:
- Bernardo Romão Correa Netto, coronel acusado de integrar núcleo responsável por incitar militares a aderirem a uma estratégia de intervenção militar para impedir a posse de Lula;;
- Cleverson Ney Magalhães, coronel da reserva do Exército e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres;
- Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, general da reserva e ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército;
- Fabrício Moreira de Bastos, coronel do Exército e supostamente envolvido com carta de teor golpista;
- Hélio Ferreira Lima, tenente-coronel do Exército identificado em trocas de mensagens com o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Barbosa Cid;
- Márcio Nunes de Resende Júnior;
- Nilton Diniz Rodrigues, general do Exército suspeito de participar de trama golpista;
- Rafael Martins de Oliveira, tenente-coronel e integrante do grupo "kids pretos";
- Rodrigo Bezerra de Azevedo, tenente-coronel do Exército;
- Ronald Ferreira de Araújo Júnior, tenente-coronel do Exército;
- Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros, tenente-coronel que integrava o "núcleo de desinformação e ataques ao sistema eleitoral";
- e Wladimir Matos Soares, policial federal que atuou na segurança do hotel em que Lula ficou hospedado na transição. Ele é suspeito de participar de grupo que planejou as mortes de Lula, Moraes e Alckmin.