Nesta segunda-feira (06), o deputado federal, Marcelo Castro, participou do Agora para falar sobre a possível aliança administrativa e política entre o PMDB e o PT no Piauí.
Para o parlamentar, que também é presidente da sigla no Piauí, o projeto político das duas siglas tem sido o mesmo desde 2002 e classificou a aliança como uma reaproximação.
"O projeto político administrativo do PT do Wellington Dias, de 2002 para cá, tem sido o mesmo projeto do PMDB. Nós estivemos juntos na campanha de 2002, votando no Wellington para governador e no Lula para presidente. Em 2006, o PMDB dividiu, mas, os deputados em sua maioria ficaram com o Wellington Dias e com o Lula. Já em 2010, ficamos com o Wilson Martins, com o Wellington Dias para senador e com a Dilma para presidente e, em 2014, ficamos com a Dilma a nível nacional, mas, aqui no estado tivemos candidatura própria. Então, de 2002 para 2017 nós so tivemos afastados por dois ano. Eu posso dizer, com absoluta segurança, que essa reaproximação do PMDB com o governo do Wellington Dias é um processo mais do que natural”, afirmou.
De acordo com o parlamentar, ainda não há definição sobre quais pastas o PMDB deve passar a comandar com a aliança, mas, o deputado garantiu que caso o acordo se consolide, os partidos estarão juntos nas eleições do ano que vem.
"Não está definida nenhuma secretaria para o PMDB, o governador Wellington Dias ainda não disse claramente que espaços o partido terá no governo. Meu sentimento é que esse entendimento vai ser concretizado, o PMDB vai fazer parte do governo Wellington Dias e em 2018 nós estaremos no mesmo palanque, mesmo porque não teria nenhum sentido um partido que hoje não está formalmente no governo, entrar no governo, ocupar cargos de confiança e daqui um ano dizer ‘não estou gostando, vou sair’. Não ficaria bem nem para um lado, nem para o outro”, afirmou Castro.
PMDB nacional
De acordo com o deputado federal, a ruptura das duas siglas em nível nacional não deve ser um problema para a aliança no Piauí.
"O PMDB tem sido, ao longo da história, absolutamente tolerante com suas secções regionais. Isso porque o PMDB sempre foi um partido muito grande, então o que é bom para o partido nacionalmente pode não ser bom para o PMDB do Acre, do Amazonas, por exemplo, e o PMDB nacional tem que entender essas realidades. O que o posso dizer é que se o PMDB tiver candidato próprio, é evidente que todos nós iremos votar no nosso candidato, mas, votando no Wellington Dias aqui”, finalizou.