Dados divulgados pela Polinter (Delegacia de Polícia Interestadual) mostram que 70% dos veículos roubados em Teresina são motocicletas. Os veículos, que são mais leves e facilitam na hora da fuga, são alvos das quadrilhas especializadas nesse tipo de crime.
De janeiro a abril de 2018, 676 veículos foram roubados na capital. Desse total, 70% são motos. No primeiro trimestre deste ano, segundo a Polinter, 620 motos foram roubadas.
O coordenador da Pelinter, delegado Luciano Alcântara, explica quais os locais mais propícios para o roubo de motos na capital piauiense.
“O maior índice de veículos subtraídos aqui da Pelinter tem a questão das motocicletas, tanto do roubo, que o perfil do ladrão de motocicleta é diferente do ladrão de carro, porque hoje em dia se rouba moto com arma branca; assim como a questão do furto e nós temos alguns locais aqui em Teresina, principalmente os shoppings, onde as pessoas estacionam suas motocicletas do lado de fora e quando retornam não encontram mais lá. Isso ocorre exatamente por causa da facilidade que os criminosos encontram hoje em dia de subtrair os veículos”, explicou o delegado.
A maior parte é recuperada pela polícia e ainda em condições de uso ou completamente destruídas. “A gente tem uma parceria com a Polícia Militar. Aliás, nós temos um canal de comunicação muito bom e a PM que, sempre que é acionada, tem conseguido recuperar e até que rapidamente esses veículos. Nós temos um índice de recuperação muito alto”, acrescentou Luciano.
A Operação Sentinela, que começou na segunda-feira, conseguiu prender cinco pessoas acusadas de roubar motocicletas em Teresina. Um dos homens, identificado como Wesley da Silva, de apenas 20 anos, tinha três mandados de prisão expedidos pelo mesmo crime.
Os veículos são desmontados e em seguida revendidos, o que dificulta o trabalho de localização e recuperação. Ordolino Lima foi assalto pela terceira vez na última segunda-feira (25). Os bandidos levaram o único veiculado família.
“Ele anunciou o assalto apontando um revólver para minha cabeça, uma arma calibre 38 e disse assim “perdeu, parceiro..é um assalto”, aí eu achava que era brincadeira e me virei para o acara e falei “perder o que , parceiro?”, aí minha comadre olhou para mim e disse que era um assalto. Foi quando eu percebi que era um assalto. Levaram minha moto, inclusive o celular da minha sobrinha. Ele me ameaçou dizendo que se eu fosse atrás do moto, eles iriam me matar. Ele disse que me conhecia, disse que não era para ir atrás da moto porque iria me matar”, relatou a vítima.