O advogado Stanley Franco, que representa o policial civil Amarildo Carlos, preso na tarde de quinta-feira (12) acusado de tentar matar três pessoas em um suposto assalto na noite do último sábado (07) no bairro Palmeirais, na zona Sul de Teresina, afirmou durante entrevista no Agora, da Rede Meio Norte, que já entrou com pedido de habeas corpus.
“Amarildo nunca esteve foragido. Ele se apresentou um dia antes da prisão ter sido decretada. O delegado da Corregedoria da Polícia Militar, responsável pelo caso, marcou o interrogatório para hoje às 09. Ele declarou a verdade, os fatos como são, e não a 'estória fantasiosa' que não possui veracidade. Mesmo sabendo da prisão preventiva, aguardou a decisão, se entregou, e não tentou resistir", afirmou o advogado.
De acordo com o advogado, não 'há motivos suficientes' que caracterizem o pedido de prisão preventiva. “Temos que se respeitar as decisões judiciais, mas podemos questionar e estamos fazendo isso. Não há os principais fatos que caracterizam a prisão preventiva: A ordem pública não foi abalada, ele não vai se furtar da aplicação penal, não vai atrapalhar a conveniência da conjunção penal e não há indícios suficientes para esta prisão e nem muitos menos para materialidade do crime", completou.
O advogado explica que pediu a soltura de Rafael de Oliveira Costa, irmão de Amarildo, que foi preso suspeito de ter participado do suposto assalto. “Pedimos pedido de soltura para colocar ele em liberdade. Nós temos que questionar estas decisões que são de primeira instância", disse.
Policial é acusado de tentativa de latrocínio e tentativa de homicídio
Segundo o delegado corregedor Adolfo Henrique, o mandado foi expedido pelo juiz Luiz Moura, por diversos crimes, incluindo tentativa de homicídio. “O Dr. Luiz decretou por tentativa de latrocínio e tentativa de homicídio. Nós pedimos a preventiva dele na segunda-feira, o Ministério Público foi favorável a prisão dele, tão logo de posse do mandado nós já cumprimos. Estamos investigando uma tentativa de homicídio também na quinta-feira passada, onde ele deu vários tiros em um rapaz. A situação é grave e muito complicada. No momento da prisão ele estava em casa, acho até que ele esperava a polícia, ele já conhece os procedimentos, então ele não esboçou reação”, declarou.
Policial é suspeito de participar de assalto em posto de combustível
Ainda de acordo com o delegado, não é o primeiro crime do policial. “Ele já foi indiciado por ter assaltado um posto de combustíveis em agosto do ano passado, já tem processo administrativo aberto contra ele, foi também indiciado por peculato em um inquérito também do ano passado, tem esse inquérito aberto nessa tentativa de latrocínio no sábado, a tentativa de homicídio na quinta-feira e tem outras coisas que estamos investigando a participação dele também”, disse.
Policial acusado de tentar matar três se defende
O policial negou todas as acusações e fez criticas quanto ao trabalho realizado pela Corregedoria da Polícia Militar.
“Uma pessoa foi até minha residencia e pegou esta pulseira de ouro e trocou em uma boca de fumo por R$ 20 reais. Eu, então, tomei conhecimento e fui até a casa onde funcionava esta boca de fumo, no sentido de recuperar meu objeto. Ao chegar lá, eu fui recebido à bala, e, então, tive que revidar. Eu acho engraçado é alguém chegar até a Corregedoria da Polícia Militar e fazer uma denúncia contra mim, dizendo que eu fui fazer um assalto. Quem me conhece sabe que sou policial, e não faço assalto”, se defendeu.