A correspondente da Rede Meio Norte em Brasília, Samantha Cavalca, falou no Programa Agora sobre a expectativa na capital federal no que diz respeito ao depoimento do ex-presidente Lula ao juiz Sérgio Moro, na próxima quarta-feira em Curitiba. Ela informou que um vídeo gravado pelo juiz, faz um apelo aos manifestantes que são a favor da Operação Lava Jato. Ele pede o não comparecimento dos mesmos nas ruas da capital paranaense.
Militâncias petistas de todo o Brasil, inclusive do Piauí, estão se dirigindo a Curitiba para acompanhar o depoimento de Lula. Segundo Samantha, o deputado federal Assis Carvalho não irá comparecer por causa de outros compromissos em Brasília. Já a senadora Regina Sousa, confirmou sua presença. O governador Wellington Dias estará também em Curitiba, não apenas pelo depoimento de Lula, mas para um Encontro de Governadores e Vice-governadores do PT e um evento sobre Direitos da Juventude, na qual, o governador foi convidado.
A repórter também informou que os advogados de Lula, entraram no início da tarde de hoje, com um pedido de habeas corpus solicitando mais prazo para a análise da documentação do processo. Com isso, estão tentando adiar o depoimento de Lula ao juiz Sérgio Moro.
Também hoje, a defesa de Lula disse que vai recorrer da decisão de Moro de impedir que os advogados façam a gravação do depoimento com uma câmera móvel.
O advogado Cristiano Zanin Martins afirma ter solicitado documentos à Petrobras em outubro do ano passado. Com tamanho estimado pela defesa de Lula em 100 mil páginas, os documentos foram juntados ao processo entre 28 de abril e 2 de maio. A defesa já tinha solicitado mais prazo para o juiz Moro, que negou o pedido. Hoje, os advogados resolveram recorrer ao TRF-4.
“É materialmente impossível a defesa analisar toda essa documentação até o próximo dia 10, quando haverá o interrogatório do ex-Presidente e será aberto o prazo para requerimento de novas provas”, diz Zanin, em nota enviada à imprensa.
“Sequer a impressão foi concluída a despeito da contratação de uma gráfica para essa finalidade”.
Para o advogado, como a acusação já conhecia esses documentos, não há “paridade de armas”.Ainda segundo Zanin, ao negar o pedido da defesa, Moro causou “inequívoco prejuízo à defesa de Lula, pois a acusação faz referência a três contratos firmados entre a Petrobras e a OAS e ao processo de contratação que o antecedeu, mas somente algumas peças foram anexadas à denúncia após terem sido selecionadas pelo Ministério Público Federal.