Após bebê morrer eletrocutado, médico faz alerta sobre acidentes

Após bebê morrer eletrocutado, médico faz alerta sobre acidentes

Um bebê de nome Heitor Lucca, de sete meses, morreu eletrocutado dentro da própria residência no bairro Angelim, na zona Sul de Teresina,  no momento em que 'brincava' com um carregador de celular que estava conectado à tomada. De acordo com info0rmações repassadas por familiares, a criança teria colocado o carregador na boca. O médico pediatra Ednaldo Miranda, durante entrevista ao vivo no Agora, deu dicas e fez alerta para os pais sobre quais cuidados tomar em casos como este. 

“Qualquer objeto ligado à rede elétrica tem risco de ocorrer um acidente. Objetos como micro-ondas, chuveiro elétrico e vários aparelhos ligados em uma só extensão aumentam a corrente elétrica, derrete um fio, ele fica exposto e ao por a mão, a criança acaba recebendo o choque. Então, são de 30 a 40 casos por ano. Temos casos variados. Ontem, uma criança colocou o dedo no arame de um caderno e perfurou e temos casos simples, por exemplo, caso de uma criança que vai ao vazo sanitário e não consegue sair”, afirmou.

O médico relembrou o caso de uma criança de apenas dois anos e três meses chamada Milena Vitória, que morreu após se engasgar com uma uva na sua residência na cidade de Jacobina do Piauí. 

“Em menos de seis meses nós tivemos um caso semelhante, uma criança em uma cidade do interior morreu asfixiada com uma uva. A criança colocou uma uva inteira na boca, aspirou e veio a falecer. Ás vezes não dá tempo para socorrer. Em dezembro, uma outra criança colocou um caroço de feijão na boca e em vez de engolir, aspirou e o pulmão parou, obstruiu. Teve uma criança que ficou com uma panela na cabeça. Tivemos uma criança que caiu em cima de uma estaca e perfurou", contou o médico. 

Na maioria das vezes, segundo o médico, os incidentes não levam a óbito, embora deixem sequelas. “Nós temos também aqueles casos em que não levam a óbito, mas deixam sérias sequelas. Nós temos crianças que se afogaram dentro de um balde com pouca água. Se não houver alguém próximo, ela fica ali e acaba internada, em coma ou até óbito", esclareceu. 

Ednaldo Miranda enfatizou que a melhor medida é a prevenção. "A melhor maneira é a prevenção, mesmo porque a população não é preparada para realizar os primeiros socorros. A criança ficou sem ar no cérebro, já vai ter sequelas. O melhor é procurar ajuda médica. Não é brincadeira. Os acidentes são graves e levam a sequelas graves ou podem tirar até a própria vida. E isso tudo ocorre em questão de minutos", alertou. 

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