O governador Wellington Dias (PT), candidato à reeleição nas eleições deste ano, esteve reunido na manhã desta sexta-feira (29) com várias lideranças políticas, dentre os nomes mais relevantes estão: o presidente da Assembleia Legislativa, Themístocles Filho (MDB); o pré-candidato ao Senado Frank Aguiar (PRB); senador Ciro Nogueira (Presidente Nacional do Progressistas) e a senadora Regina Sousa (PT).
No encontro, que seria para tratar sobre os investimentos com uso do dinheiro do empréstimo do governo junto a Caixa Econômica, também foi tratado das articulações para formação das chapas.
O governador falou sobre encontro de hoje. “Recebi aqui com muito carinho a liderança política e filho de Itainópolis, Frank Aguiar. Conheço o Frank já há muito tempo, é um amigo e aqui neste encontro ele consolidou uma informação que eu tinha da presidência do PRB. É ma agenda recente”, disse o governador.
Apesar do encontro positivo com Frank Aguiar, Wellington ressalta que há outros nomes que estão sendo analisados para disputa ao Senado em sua chapa. “Eu disse a ele [Frank] que no campo político que nós estamos, primeiro recebemos com muito carinho essa apresentação. Mas nós temos também outros nomes que estamos considerando para o entendimento: primeiro Regina Sousa, que já é senadora; os deputados federais Marcelo Castro Júlio César e o senador Ciro Nogueira, o qual afirmei que é de compor a nossa chapa para o Senado Federal”, declarou o governador.
Presidente do PT no Piauí, o deputado Assis Carvalho voltou a criticar o nome de Themistocles como mais cotado para ocupar a vaga de vice na chapa governista. “Porque é um nome que agride muito o PT. Nós do estado, dos municípios e as pessoas que votam no Wellington tem posição e eu tenho que falar a linguagem da minha base. Desde a cidade dele até as demais cidades, não tem uma púnica cidade em que ele [Themístocles] tenha defendido o PT nos últimos 10, 12, 15 anos. Então é difícil para nós ter um nome que passa 24h do seu dia agredindo o partido, falando mal do PT. Por isso, eu não tenho razão para defender quem maltrata meu partido”, disparou Assis Carvalho.
Questionado sobe qual nome do MDB indicaria para compor a chapa majoritária, Assis Carvalho foi direto: “Eu acho que um nome aliado ao PT ajudaria muito mais, e já disse: Marcelo Castro”. “Os nomes que foram derrotados desde 2002 já mostraram que não tem votos”, disparou.
O deputado ainda fez duras críticas contra João Madison. “Tem um parte do MDB que desde 2002 ficou contra nós. Quando foi que João Madison teve aliado nosso? Desde 2002 votou contra nos, foi derrotado. Em 2006 votou contra nós com Mão Santa, foi derrotado. Em 2010 ficou com João Vicente Claudino, foi derrotado. Em 2014 votou com Zé Filho, foi derrotado. Então por que vai ter vaga para João Madison?”, questionou.
O deputado estadual João Madison (MDB) respondeu. “O governador em sua primeira eleição, quando o Assis não era nada, não existia politicamente e eu votei nele, só não votei na última agora porque tinha compromisso com o PMDB. Todas as outras eu votei no governador. Sobre as agressões do Assis, eu vou dizer que o presidente Themistocles tem 14 anos como presidente da Assembleia, então um homem desse é respeitado no Piauí todo. É pena que o Assis não respeita e eu duvido que o Themistocles tenha alguma ação de improbidade na Justiça Federal. Agora o Assis tem e deve provar se tem ou não, porque o Themístocles não tem. Quanto a minha pessoa, minha vida é limpa. Eu nunca precisei dele [Assis]. O nosso acordo aqui é com o governador Wellington, e o Assis não é dono da coligação. Ele pode ter a posição dele, mas tem que respeitar o direito da maioria”, respondeu.
Também presente no encontro, o presidente do MDB no Piauí, Marcelo Castro, falou sobre sair candidato ao Senado. Mas a correspondente da Rede Meio Norte em Brasília, Samantha Cavalca, adiantou que nos bastidores da política há fontes rumores de que o desejo de Marcelo é ocupar a vaga de vice na chapa do governador, e não de senador.
“Meu nome sempre foi lembrado. Eles sempre falam no meu nome, eu que nunca falei”, disse, ao acrescentar quais as intenções do partido: “O MDB tem dois pleitos e não é nenhum e nem três. O MDB tem dois: primeiro a coligação proporcional para deputado estadual e federal; segundo, o cargo de vice e esse sempre foi o pleito do MDB. O que nós estamos aguardando?".
E se justifica: “Estamos aguardando que o governador faça o que está fazendo, conversar com os outros partidos e traga resposta aos pleitos do MDB. Se a resposta for 'a coligação proporcional foi feita, o vice é do MDB…O vice que o PMDB indicou foi Themistocles Filho', o PMDB estará 100% atendido. Caso isso não seja possível, o governador vai chamar o PDMB, dizer 'Olha…O PMDB fez esse pleito, mas diante das conversas que tive não foi possível atender o partido plenamente. A proposta que temos é a seguinte…', então nós vamos reunir o PMDB e saber se vamos ou não aceitar a segunda proposta. Mas senão teve nenhuma proposta, então como vou ficar raciocinando se não foi assoou aquilo?”.
“Nós estamos esperando a resposta do governador e enquanto ela não vier, nós não vamos nos posicionar porque não é inteligente”, reforçou. “Então nós estamos civilizadamente esperando resposta do governador”, disse.
O deputado federal Júlio César (PSD), que está na disputa para sair candidato ao Senado na chapa do governador, disse que aguarda posicionamento. “O governador é quem vai dar o encaminhamento”, disse. “Minha reivindicação, como vocês já sabem há mais de um ano, é sair pré-candidato a senador na chapa dele ou a vice”, adiantou.