A Delegacia de Homicídios de Teresina deve receber ainda hoje os laudos periciais feitos no corpo da estudante de direito Camilla Abreu, assassinada a tiros pelo namorado, o capitão da Polícia Militar Allison Wattson, que se encontra preso.
O Ministério Público do Estado, inclusive, decretou a prisão preventiva do capitão que a partir de agora fica preso por tempo indeterminado. A prisão provisória, decretada no dia 31 de outubro, encerraria no próximo dia 30 de novembro.
“Nós estamos aguardando o laudo do Instituto Médico Legal (IML) , assim como estamos aguardando do laudo de achado de cadáver e o exame no veículo para que ainda hoje possamos fazer a juntada deles ao inquérito policial. As investigações estão devidamente concluídas, e nós estamos esperando somente esses laudos”, afirmou Francisco Costa, o Baretta, coordenador da Delegacia de Homicídios.
Os laudos finais do IML feitos no corpo e no veículo onde o crime ocorreu serão entregues logo mais. Os laudos mostram que a estudante de direito teria sofrido muito antes de morrer. Ela teria sido espancada pelo capitão. Há mascas de violência no tórax e nas pernas. Os laudos apontam que o corpo teria sido colocado no porta-malas, onde foram encontrados vestígios de sangue.
Segundo o delegado, as investigações já estão concluídas. “Tomei conhecimento de que o Ministério Público requereu essa prisão preventiva, o que não vai mudar em nada porque a autoridade policial tinha que fazer isso. Apenas o promotor de justiça se antecipou, e isso para nós é muito bom, porque se todo promotor fizesse isso seria uma beleza, a gente aplaude esse trabalho do PM-PI”, informou.
O caso
O capitão da Polícia Militar, Alisson Wattson, foi preso no dia (31) após confessar ter assassinado a estudante de direito Camilla Abreu, que ficou desaparecida por uma semana até ser encontrada morta no Povoado Mucuim, na zona rural de Teresina. O acusado alega que o disparo foi acidental, mas, laudos do IML apontam para o contrário.