Nesta quarta-feira (07), o secretário de Saúde do Piauí, Florentino Neto, esteve no Jornal Agora para falar sobre as alternativas buscadas pela pasta para conseguir diminuir as filas para a realização de cirurgias para o tratamento de cardiopatias congênitas em crianças no estado.
De acordo com o secretário, a demora na realização destes procedimentos se dá por conta da regulação, que inclui crianças de todo o país e é gerida pelo Ministério da Saúde. Florentino Neto destacou ainda que os casos de sucesso nos encaminhamentos são superiores aos casos de óbitos.
"São crianças que nascem com cardiopatia congênita, necessitam ser submetidas a uma cirurgia que não é realizada no Piauí e por isso nós da Secretaria de Saúde somos obrigados a incluir o nome destas crianças em uma lista, o Cadastro Nacional de Regulação de Alto Complexidade.Então, nossas crianças passam a concorrer naquela lista com outras que estão cadastradas nacionalmente, o número de tratamentos que a gente tem conseguido é bem superior ao evento morte, que todos nós lamentamos e não desejamos que ocorra”, afirmou.
Segundo o secretário, em 2017, 22 crianças foram diagnosticadas com cardiopatias congênitas no Piauí, da quais, 13 jaá tiveram as cirurgias agendadas. Florentino destacou que a intenção da Secretaria de Saúde é trazer equipes médicas de outros estados, bem como a estrutura adequada, para que esses procedimentos sejam realizados no Piauí, em mutirões.
"Essa fila e essa demora, porque são poucos serviços habilitados no país, gera às vezes que o pior venha a acontecer, que é a gente perder uma vida que está no seu nascedouro. Por isso, resolvi constituir uma equipe que está incumbida de conseguir uma equipe no país que venha aqui e possa fazer essas cirurgias no Piauí, nós concentraríamos essas cirurgias em um determinado fim de semana do mês”, afirmou.