O complexo de comunidades da zona sul vivem em clima de violência e criminalidade, a situação piora a cada dia e moradores da região pedem ajuda das autoridades de segurança pública.
O cemitério Santa Cruz se tornou um grande problema para a população, na região do Promorar, próximo ao Conjunto Habitacional Santa Fé, zona sul de Teresina.
As famílias vivem com medo da violência que ocorre entre integrantes de gangues que controlam tráfico de drogas na região. O cemitério é ponto estratégico, esconderijo e escritório do crime.
No ano passado, o corpo de um homem foi desenterrado e queimado no cemitério, pouco tempo depois um jovem foi assassinado e seu corpo foi deixado dentro de um reservatório de água também no local.
A facilidade que os bandidos e usuários de drogas tem nas imediações do cemitério se deve ao fato de o local não ser completamente murado.
As famílias que moram próximo ao local vivem apavoradas e afirmam não se sentir seguras.
“Já fui vítima, dois malas entraram na nossa casa. Eu estava com meu marido e eles nos agrediram”, disse uma dona de casa que mora próximo ao cemitério.
“Aqui na minha casa já atiraram durante a madrugada. A bala atravessou o portão e quase atingiu meu filho”, declarou uma vítima que prefere não ser identificada.
Moradores e comerciantes que trabalham na Avenida Principal do Conjunto Santa Fé também se sentem inseguros e já foram vítimas de vários assaltos.
“Aqui tem assalto toda semana, eles roubam de manhã cedo nas paradas de ônibus. Eu tinha uma farmácia e tive que fechar por conta dos assaltos. Toda semana eles vinham pegar dinheiro”, disse um comerciante.
A situação é gravíssima, quase todos os comerciantes já foram assaltados. O dono de uma panificadora colocou uma placa em seu estabelecimento pedindo para não ser assaltado após ser vítima de três assaltos em apenas um mês.