Na última sexta-feira (16), a Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Piauí, realizaram uma vistoria no Instituto Médico Legal e constataram várias irregularidades no local.
No local, os representantes constataram a presença de 36 corpos em estado de decomposição. Isso ocorre por conta de um impasse sobre a responsabilidade do sepultamento de pessoas não identificadas ou que não tiveram seus corpos reclamados por familiares. Segundo a direção do IML, esta responsabilidade é da Prefeitura de Teresina.
“Nós identificamos 36 corpos que estão nas geladeiras do IML, apodrecendo, se desmanchando. São corpos de pessoas que não foram identificadas, ou que foram identificadas e as famílias não requisitaram, e que estão aguardando o sepultamento. Alguns corpos com mais de ano, na geladeira do IML” afirmou o presidente da comissão, advogado Marcelo Mascarenhas.
A vistoria no IML foi realizada após a denuncia de uma família maranhense que, durante uma ida ao local para liberar o corpo de um parente, presenciaram cadáveres em no chão do instituto.
Os advogados ainda constataram vários pontos de infiltração no teto do prédio, que foi inaugurado em 2012, inclusive, com áreas em que ocorre gotejamento, em que a água acaba se misturando com sangue.