A conselheira tutelar Socorro Arraes, durante entrevista ao vivo no Agora desta quinta-feira, dia 22, afirmou que a criança de apenas um ano e dois meses que morreu com suspeita de desnutrição no Hospital do Bairro Pedra Mole, zona Leste de Teresina, tinha aparência de uma pessoa idosa. Segundo a conselheira, o relato é da enfermeira que atendeu a mãe do bebê.
"Segundo a enfermeira, ela [criança] tinha aparência de uma pessoa idosa, ou seja, estava desnutrida, só pele e osso. Nós fizemos Boletim de Ocorrência na Central de Gêneros, requisitamos laudo pericial e corpo de delito, que é solicitado ao Ministério Público", afirmou a conselheira.
Segundo Socorro, o laudo pré-inicial não aponta hematomas no corpo da criança. "O laudo pré-inicial mostra que não há nenhum hematoma no corpo da criança. O exame cadavérico ainda leva algum tempo para sair. É através dele, também, que chegaremos a causa do óbito", acrescentou.
“É um caso muito triste. Ela já deu entrada em óbito e nós só ficamos sabendo no dia seguinte, dia 16, quando o Conselho Tutelar foi acionado. Ao tomar conhecimento, fomos até o hospital, onde uma enfermeira nos contou como a criança estava. No dia 15, isso foi relatado pela mãe, que levou essa criança ao hospital porque a mesma apresentava febre. No hospital foi passada a medicação. Eu perguntei para ela: Por que você não retornou depois?' Ela, então disse que a medicação tinha surtido efeito. Isso, no caso da febre, e não no caso da desnutrição, não”, lamentou.
Ainda de acordo com a conselheira, existe suspeita de negligência por parte da própria família. Um áudio, que circula na internet, mostra um suposto parente do bebê falando sobre o caso.
“Se a Justiça for investigar, vai descobrir tudo. Não tem como ela escapar. Ainda fica se afobando de que não foi presa porque a menina morreu por doença. E todo mundo sabe que não foi de doença, foi de fome mesmo que a criança passou. Como é que uma criança de um ano e pouco, não dá uma comida pra criança, se o médico diz que a mamada é de até seis meses. Ela tinha que passar a dar comida pra criança depois de seis meses. Isso que ela tinha que fazer, e não fazia”, diz o áudio.