Antônio Neto, Secretário de Planejamento do Estado do Piauí, concedeu entrevista ao Programa Agora. Ele falou das dificuldades encontradas no início da gestão de Wellington Dias e das propostas para superar os desafios.
“Essa questão da inadimplência do Estado é um assunto que traz muita preocupação no momento. Para se administrar o poder público é preciso seguir uma série de regras e mecanismos de controle internos e externos. A última gestão descuidou um pouco, é preciso que haja prestações de contas para o Estado não ter prejuízos. Eu acredito que faltam apenas dois convênios para ter inadimplências resolvidas. Sobre prestação de contas e liberação de créditos é preciso tempo. Por exemplo, 57 obras não tiveram prestação de contas regular na última gestão e isso gera um bloqueio de novos créditos. Temos que resolver isso em curto prazo”, disse.
Burocracia
“Essa é uma questão que todos os que já foram gestores sabem que precisam seguir a lei, porém ela tende a ter muitas interpretações e os órgãos e sistemas de controle tem leis e resoluções que criam um emaranhado de mecanismos de controles que acabam engessado a gestão, por isso só entra na gestão pública quem tem disposição de servir. Deveria existir uma forma de melhorar e dar mais agilidade em alguns trâmites. Infelizmente essa é uma realidade, alguns órgãos já estão mais atentos e mais sensíveis para minimizar essa burocracia. A população é quem julga, mas a reputação do gestor depende muito de tudo que ele faz. O eleito leva uma mensagem de otimismo e de esperança e cabe a ele resolver as coisas”, pontuou.
Estado em desenvolvimento
“Algumas dificuldades existem e impedem o Estado de ter a normalidade. Mas há a continuidade dos trabalhos do eleito pelo voto popular. Eu acho que uma das grandes falhas da reeleição é o descuido da administração durante a campanha. Temos que evoluir um Estado para uma burocracia profissional. Além disso é preciso servidores terceirizados, porém o Estado precisa reduzir essa questão para poder entrar numa situação equilibrada e normal”, declarou.
Resultados de projetos para um Estado em 50 anos
“A proposta de Wellington Dias é o PDES (Projeto de Desenvolvimento Econômico e Social) que não foi concluído. Ele compreende seis etapas e duas delas, a sétima e a oitava ainda estão em andamento e deverão ser concluídas em abril ou maio. Agora eu acho que é ruim a gestão pública pegar um projeto desse e colocar na gaveta. Wellington Dias irá continuar esse projeto através da Fundação Cepro. Esse projeto e muito amplo e é um projeto de implantação estruturante para o Piauí. A ideia do governador é concluir esse projeto e implementá-lo, para que não cometamos erros do passado”, disse.
Experiência como administrador público
“Eu não estava mais trabalhando nessa área, mas agora eu retornei. O Estado é carente na questão da organizações. Vamos pensar o Estado com uma nova filosofia, o Piauí é um dos Estados que mais cresceu no ponto de vista social, então melhorou muita coisa. Esse terceiro governo de Wellington Dias com certeza será voltado para o econômico com foco nos que mais precisam. Vamos manter um diálogo muito forte com a sociedade e o diálogo interno para montar projetos para continuar avançando. Tenho muita confiança de que daqui a quatro anos estaremos aqui falando apenas de avanços no Piauí”, finalizou Antônio Neto.