Na madrugada de quinta-feira, dia 13, um homem identificado como Paulo Nunes e Silva, mais conhecido como 'Paulo Galinha', de 44 anos, matou sua própria mãe identificada como Antônia Nunes e Silva, de 70 anos, na rua Dôta Oliveira, no bairro Monte Castelo, na zona Sul de Teresina. O acusado foi capturado por populares ainda na tarde de quinta-feira e em seguida encaminhado para Delegacia de Polícia Civil.
Em 2015, a idosa esteve na Delegacia do Idoso e denunciou os dois filhos por maus-tratos, tanto Paulo como Antônio, que é irmão do acusado e reside na mesma casa. A idosa fez a denúncia, foi instaurado o inquérito e a delegada Daniela Barros chegou a pedir uma medida cautelar de afastamento que foi enviada para Justiça, mas que não foi atendida.
“De fato ela procurou ajuda nossa e nós fizemos todo o acompanhamento dela, e foi pedido a medida cautelar de afastamento, que é a medida inicial, ou seja, quando ela relata os maus-tratos, a violência, as agressões e a falta de cuidados que ele, o filho, tinha com ela. Nós, então, encaminhados o inquérito para justiça, no dia 08 de julho de 2015, só que no caso da medidas cautelares o cumprimento delas é pela Justiça, então em algumas situações nós não recebemos essa resposta para saber se a medida foi cumprida, isto é, deferida, para que possamos fazer o acompanhamento”, afirmou.
Segundo a delegada, Antônia Nunes procurou a polícia para denunciar o filho e, mesmo abalada pelas agressões cometidas por ele, ainda se referia ao mesmo com bastante carinho.
“O que foi lembrado aqui, quando nós vimos o caso, porque nós tivemos um contato com ela, nós atendemos ela que tinha um afeto muito grande pelo filho, inclusive quando ela veio denunciar, ela relutou muito e até chamava ele carinhosamente de 'Paulinho'. Ela expressava muito carinho por ele. É lamentável esse tipo de crime e mesmo que exista uma medida cautelar, que foi solicitado por nós, não tem como evitar porque ele pode se aproximar a qualquer hora, como ele fez: chegou de madrugada, bateu na porta, entrou e então você não tem como colocar uma fiscalização quer empesa, até porque ela também é mãe”, lamentou.
“Foi percebido aqui, isso desde o primeiro atendimento dela, um amor muito grande pelo filho. Ela denunciava ele, mas ao mesmo tempo se referia a ele de forma carinhosa", completou.
A delegada explica que, no dia da denúncia, a idosa relatou que vivia em condições precárias dentro de casa. “Ela realmente nos relatou que estava vivendo em situação de maus-tratos, inclusive ela tinha algumas limitações físicas, precisava de alguns cuidados especiais. Ela veio nos relatar que os filhos, os dois, não cuidavam dela que necessitava de atendimento., ser levada ao médico", informou.