PI tem maior número de projetos para o leilão de energia, diz Dias

PI tem maior número de projetos para o leilão de energia, diz Dias

Nesta sexta-feira (01), o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), concedeu entrevista ao jornalista Amadeu Campos, no Jornal Agora, na qual tratou de assuntos relacionados à gestão do estado, bem como à política local e nacional. 

Incialmente, o governador comentou sobre os investimentos que o Piauí vem recebendo na área de produção de energias renováveis. De acordo com Wellington Dias, estes investimentos só são possíveis graças ao incentivo dado pelo estado para que empresas se fixem no Piauí. No início da semana, foi inaugurado na cidade de Ribeira do Piauí, o maior parque de energia solar da América do Sul. 

“Uma aposta que fazemos em somar os investimentos públicos com privados. O Piauí fez o dever de casa nesse aspecto, os 9 estados do nordeste não conseguiram. Fizemos um marco regulatório, temos uma equipe integrada que sempre que tem uma possibilidade de investimento a gente abraça para poder fazer acontecer. Temos um marco regulatório para a pequena geração, já temos mais de mil projetos. O Piauí é um dos poucos estados em que apenas uma vez é cobrado o ICMS, isso atrai investidores. Temos uma política fiscal que é mais atrativa que alguns lugares do Brasil. O sol, que era um problema, agora está dando dinheiro. O que eu produzir aqui de energia, tenho como vender para qualquer ponto do Piauí e do Brasil”, explicou Wellington Dias. 

O governador  destacou que o Piauí é o Estado que tem o maior número de projetos de usinas de produção de energia solar, energia eólica e energia de biomassa, no leilão de energia limpa, que o Governo Federal vai promover no dia 18 de dezembro.

Wellington Dias afirmou que os novos projetos vão produzir 1, 6 milhões de megawatts e declarou que grandes empresas globais estão investindo na produção de energias eólica e solar. Estão sendo implantados projetos de produtos individuais de produção de energia solar.o governador Wellington Dias (PT) afirmou que o Piauí é o Estado que tem o maior número de projetos de usinas de produção de energia solar, energia eólica e energia de biomassa, no leilão de energia limpa, que o Governo Federal vai promover no dia 18 de dezembro.

O governador também falou sobre os desafios enfrentados por sua gestão em 2017, dada a crise financeira que o país enfrenta, e destacou o esforço que sua equipe de governo fez para manter em dia a folha de pagamento, bem como a capacidade de investimentos do Estado. 

“Tenho trabalhado para que a gente possa priorizar a folha, ao priorizar isso estou priorizando as atividades do estados e isso é bom para comercio e a estabilidade do estado. Para que os serviços continuem a funcionar e para que a gente não perca a capacidade de investimentos, a medida que o estado é demandado para um investimento precisa estar pronto para fazer”, disse. 

O governador ainda respondeu às criticas de deputados da oposição, que afirmaram que sua gestão havia endividado o Piauí com sucessivos empréstimos. Segundo Wellington Dias, o Piauí está em sua menor capacidade de endividamento da história e os empréstimos possibilitam a execução de investimentos no estado. 

“Duvido que quem diz isso acredita realmente nisso. O Estado já chegou a ter uma divida de 40% da sua riqueza, hoje ela é de 7%. A dividida da União é de 70% do PIB brasileiro. Todos os deputados foram convidados para visitar as obras executadas com o dinheiro dos empréstimos, até porque elas tem a participação da Assembleia, sem a autorização deles nós não teríamos conseguido fazer os empréstimos”, afirmou. 

Educação

Wellington Dias ainda destacou os bons índices que a educação do Piauí tem alcançado desde que ele assumiu o governo em 2015, ressaltando a ampliação das escolas de tempo integral e da educação de jovens e adultos.

“Nós temos 70 escolas de tempo integral. Assim, você ocupa de maneira saudável os estudantes, em alguns casos da 7h da manhas às 17h30 com educação técnica, informática, reforço e isso tem contribuído muito para a melhoria da qualidade da nossa educação. Temos a maior presença de ensino técnico nos municípios e de ensino superior.

Política

Na segunda parte da entrevista, o governador passou a comentar sobre os fatos da política local e, embora tenha afirmado que irá apoiar o senador Ciro Nogueira (PP) em sua campanha pela reeleição ao Senado, ressaltou que as outras decisões acerca da chapa serão tomadas apenas em 2018. Wellington Dias não garantiu nem mesmo sua participação na chapa majoritária.

“Em 2014, não foi so eu, foi um conjunto dos líderes que firmou compromisso e, independente de reeleição ou não, tenho um compromisso de garantir a reeleição do senador Ciro Nogueira e quero honrar isso. Em 2018, estarei junto e vamos estar trabalhando para a vitória do Ciro. Não tem nem como a gente tratar de 2022”, afirmou.

Wellington Dias negou já ter feito um acordo com o senador Ciro Nogueira para que em 2022 o Partido Progressista possa ter o governador do Piauí e afirmou que é preciso tratar um pleito de cada vez. Ainda segundo o governador, toda a sua base está orientada a tratar sobre eleições somente a partir de 2018. 

“Se trata de uma eleição de cada vez. Eu pessoalmente busco não fazer esses acordos. Em relação a 2018, o apelo que eu fiz para todo time é para que possamos tratar da chapa em 2018. Está pertinho, daqui trinta dias já estamos em 2018.Tenho esse compromisso em relação à candidatura, sendo candidato ou não, é de apoiar e trabalhar pela reeleição do senador Ciro Nogueira, compromisso que fiz em 2018”, disse. 

Dias ainda negou que PT e PP tenham vetado o nome do presidente da Assembleia Legislativa, Themistocles Filho (PMDB) para compor a chapa majoritária como candidato a governador.

“Não teve veto de ninguém a ninguém, até porque tudo que nos vamos tratar sobre chapa vai ser em 2018. Agora, nós vamos respeitar todos os líderes dos partidos que desejam sair juntos em 2018”, afirmou. 

Sobre a polêmica eleiçao da mesa diretora da Câmara Municipal de Teresina, o governador afirmou que é uma ilusão um político achar que pode controlar grupos políticos distintos.

“Eu aprendi que na política já não é fácil cuidar do lado que a gente representa, é a maior ilusão achar que você pode cuidar o outro lado”, disse.  

Por: Luiz Carlos Júnior

Tópicos
SEÇÕES