Estudo: combinar vacinas diferentes contra a Covid-19 melhora a eficácia

O estudo da Universidade de Oxford mostrou que uma terceira dose da vacina aumenta as respostas imunes de anticorpos e de células T

A correspondente da Rede Meio Norte, Socorro Sampaio, mostrou no Jornal Agora desta segunda-feira (28/06), que a Austrália está vivendo um momento crítico relacionado à Covid-19.

A situação é por conta da variante Delta do coronavírus, que levou o país ao estágio mais perigoso desde o início da pandemia.

As máscaras retornaram a serem obrigatórias e algumas cidades estão em confinamento, como Sydney.

Outro ponto negativo é a lentidão da campanha de imunização no país, que tem apenas 5% da população totalmente vacinada.

Socorro também relata que em Portugal a situação é crítica por conta da variante Delta. Mais de 500 pessoas foram hospitalizadas e há sete semanas que são registrados aumento no número de casos da Covid-19. Por conta disso, várias cidades já suspenderam as aulas presenciais.

Estudos sobre vacinas de diferentes marcas

Uma terceira dose da vacina contra Covid-19 da AstraZeneca com a Universidade de Oxford produz uma forte resposta imune, disseram pesquisadores nesta segunda-feira (28).

O estudo da Universidade de Oxford mostrou que uma terceira dose da vacina aumenta as respostas imunes de anticorpos e de células T, enquanto a aplicação da segunda dose pode ser adiada para até 45 semanas após a aplicação da primeira e, ainda assim, levar a um aprimoramento da resposta imune.

Injetar uma vacina anticovid-19 da Pfizer/BioNTech após outra da AstraZeneca/Oxford e dar um espaço de vários meses entre as duas doses desta última melhoram substancialmente a imunidade, segundo dois estudos divulgados pela Universidade de Oxford.

Outro estudo da mesma universidade, publicado em fevereiro pela prestigiosa revista científica The Lancet já indicava que a eficácia da vacina era maior com um intervalo de três meses entre as doses (81%) do que com um intervalo de seis semanas (55%).

Em um estudo separado divulgado também nesta segunda-feira, a Universidade de Oxford descobriu que a combinação de doses do imunizante da AstraZeneca/Oxford e de seu concorrente germano-americano Pfizer/BioNTech, injetados com quatro semanas de intervalo, também melhora a resposta imunológica contra a covid-19.

Socorro Sampaio também falou sobre a ONU, que indicou racismo sistêmico em ações policiais no Brasil.

Relatório da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre violência policial contra pessoas negras destaca racismo sistêmico na polícia brasileira. O Brasil é citado 5 vezes no documento de 22 páginas, sendo divulgado nesta segunda-feira (28).

A ONU analisou a morte de 250 pessoas negras, das quais pelo menos 190 foram resultados de ações de agentes de segurança. Geralmente, as vítimas não representavam ameaça que pudesse justificar o nível de força usada contra elas.

Vítimas no Brasil

O relatório cita as mortes de Luana Barbosa dos Reis Santos e de João Pedro Mattos Pinto, ambos negros. Luana se recusou a ser revistada por um batalhão da Polícia Militar, visto não haver uma policial mulher para executar a revista. Ela morreu em decorrência de lesões cerebrais causadas por espancamento. O caso ocorreu em 2016.

João Pedro morreu em 2020. O adolescente de 14 anos estava em casa durante uma operação das polícias Federal e Civil do Estado do Rio de Janeiro.

O relatório da ONU também cita a morte da vereadora Marielle Franco, em março de 2018. De acordo com o documento, ela é um exemplo das pessoas que sofrem represálias por lutar contra o racismo.

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