Teve início nesta quinta-feira (15), no Tribunal do Juri, o julgamento do ex-policial militar Igor Gabriel de Oliveira, 24 anos, acusado de assassinar o jovem Allan Lopes de Oliveira Silva, de 26 anos, em fevereiro de 2016 em um posto de combustíveis da zona Leste de Teresina.
A vítima foi assassinada com três tiros, dois nas costas e um na nuca. Segundo o inquérito, o jovem não teve chance de defesa. Segundo a Polícia Militar, o acusado respondia a outros inquéritos militares quando cometeu o crime, dentre eles abuso de autoridade e tortura. Igor Gabriel de Oliveira foi expulso da corporação ainda no ano de 2016. O julgamento é presidido pela juíza Maria Zilnar Coutinho Leal.
Segundo a mãe da vítima, desde que Allan Lopes foi assassinado, a família nunca mais teve saúde. Para ela, a família ainda tenta entender o que levou o acusado a assassinar seu filho.
“Só muita tristeza. Todo dia tenho que tomar remédios, tenho problemas de pressão e a gente não teve mais saúde e sossego depois do que esse homem fez com meu filho. Eu quero que ele pague, queria saber o porquê que ele fez isso com meu filho, porque até agora não estou sabendo”, desabafou a mãe da vítima.
De acordo com o promotor Regis Marinho, responsável pela acusação, a vítima foi morta sem chance de defesa, em um momento de descontração. A promotoria defende a tese de homicídio qualificado.
"A tese da acusação é que trata-se de um homicídio qualificado, por motivo fútil e pela utilização de recursos que dificultaram ou tornaram impossível a defesa da vítima, que foi colhida de surpresa por um tiro no pescoço e outra na região escapular, estava desarmada em um momento de descontração”, afirmou.
A defesa do acusado alegou que o ex-policial agiu em legítima defesa no dia do crime. A expectativa é que o julgamento seja concluído na tarde hoje.