Nesta sexta-feira (02), o secretário de Fazenda do Piauí, Rafael Fonteles, esteve no Jornal Agora para falar sobre a destinação dos recursos que devem chegar ao Piauí, oriundos das multas da repatriação.
De acordo com Rafael Fonteles, até o dia 10 de dezembro o Piauí deve receber cerca de R$ 170 milhões que, segundo ele, serão utilizados para o pagamento de fornecedores e obras.
"O objetivo desses recursos é o pagamento de fornecedores e obras, para que impeça a paralisação de qualquer serviço essencial ou obras. Os recursos para o pagamento do funcionalismo já estavam garantido”, disse.
Os recursos demoraram a ser liberados devido uma exigência da equipe financeira do governo Temer, que exigia que os estados se adequassem ao ajuste fiscal proposto pelo Governo Federal. De acordo com o secretário, o Piauí pode contribuir com a redução dos gasto, mas não pode ser tratado com o mesmo critério de estados em situação financeira pior.
"O Piauí ainda pode dar contribuição, mas, na medida correta, os estados tem realidades bem distintas. Os ajustes fiscais do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul precisam ser bem maiores e mais duros do que os que tem que ser feitos no Piauí, que fez a lição de casa”, afirmou.
Reajustes
Rafael Fonteles ainda destacou, que devido a crise financeira, os reajustes às categorias profissionais do estado ficarão mais difíceis de serem concedidas em 2017.
"Qualquer reajuste muito substancial não tem a menor condição de ser feito em 2017 porque será um ano difícil, isso já é unanimidade entre os economistas que a recuperação, se vier, será no final do ano que vem. A sociedade, os servidores, todos tem que ter a consciência que nos não podemos chegar a uma situação igual a do Rio de Janeiro, para isso não podemos criar expectativas de grandes reajustes, grandes alterações salariais e correr o risco de não receber em dia", afirmou.