O deputado estadual Hélio Isaías (Progressistas) concedeu entrevista ao jornalista Amadeu Campos, durante o programa Agora, desta segunda-feira (15), e confirmou sua candidatura à presidência da Assembleia Legislativa do Piauí. Ele afirmou que, se eleito, lutará por uma Assembleia mais participativa e uma casa com mais discussões.
"Acho que a casa se acomodou com o passar do tempo e com a gestão demorada de um só partido", afirmou o parlamentar, que se mostrou confiante na sua vitória para a presidência da casa. "O voto é secreto, não vou colocar nenhum colega meu em situação desagradável, no dia da eleição eles vão votar de acordo com o seu desejo de cada um. Não tenho a menor dúvida de que seremos vitoriosos", completou.
Ele comentou ainda a viagem do governador Wellington Dias para Israel, às vésperas das eleições, e descartou que isso possa influenciar no resultado da eleição. "A viagem não tem vinculação com a eleição, o governador é um grande gestor, fez um grande trabalho e vai iniciar seu quarto mandato. E é normal que as pessoas tirem ferias em janeiro, para sair com a família, a vida particular também é importante. Não tem interferência na Assembleia, as pessoas estão confundindo minha amizade com o governador, que não é amizade politica é uma amizade de infância, somos praticamente da mesma região, sou filho de Oeiras e ele é filho de Paes Landim, eu sou de 1964 e ele é de 1962, moramos juntos na mesma casa em Oeiras. Mas politicamente temos este vínculo também desde 2002, desde a minha primeira eleição. Não tenho dúvida de que ele tem conduzindo muito bem esta questão da Assembleia Legislativa, são dois amigos que ele tem lá, o deputado Hélio Isaías e o deputado Themístocles Filho. Mas também a Assembleia é construída de homens e mulheres que sabem o que estão fazendo e que vão votar em quem tem a melhor proposta para a condução aquela casa", pontuou.
Hélio disse que o que está em jogo é a alternância do poder e que acredita que isso é necessário na Assembleia Legislativa como em todo os poderes do Estado. "O que nós defendemos lá não é tirar o deputado Themístocles, é a alternância na casa. O MDB está com 16 anos na [presidência] Assembleia Legislativa do Piauí. Não é por ser o Progressistas, pode ser qualquer outro partido, nós defendemos é a alternância de poder na casa, como tem em todos os poderes no Piauí. O meu nome foi colocado por um grupo de parlamentares e de partidos, não é só o desejo do deputado Hélio Isaías é o desejo de alguns parlamentares e de partidos", afirmou.
O parlamentar também comentou foi questionado sobre a ocupação de secretarias no governo Wellington Dias pelo Progressistas. "Essa é uma discussão de Wellington Dias com o presidente do nosso partido, o senador Ciro Nogueira. O governador vai enviar para a Assembleia Legislativa uma proposta de reforma administrativa, em fevereiro. Nós do Progressistas também defendemos um enxugamento da máquina, estamos em um novo momento, é um governo novo, não é mais o presidente Lula e nem a presidente Dilma ou o presidente Temer, é um novo governo. Então nós defendemos uma reforma administrativa com redução de secretarias, coordenadorias e alguns cargos. Diante disso, o governador sentará com Ciro Nogueira e colocará o que estará à disposição do Progressistas. Até agora, o governador tem se mantido muito sereno e tranquilo e não tem discutido isso com nenhum partido e nem mesmo com o PT", afirmou.