Com a paralisação dos médicos que atendem nos hospitais públicos do Estado, consultas, exames e cirurgias eletivas estão sendo suspensas. No Hospital Getúlio Vargas, o maior do estado, cerca de 500 consultas serão canceladas até o fim do movimento.
"Já é a segunda vez que eu venho tentar pegar uma requisão para minha mãe e não consigo. Quer dizer, a população é quem mais sofre com relação a isso”, reclamou um usuário.
De acordo com a diretora hospital, a população acaba ficando prejudicada e ressalta que os pacientes já são submetidos a uma longa espera por atendimentos normalmente, e espera aumenta com a paralisação.
"É legitimo o direito de greve ou de paralisação das categorias, mas, a população se descontenta, afinal de contas eles já estão esperando há algum tempo e chega no dia e ainda não acontece o atendimento, lógico que alguns se revoltam”, afirmou a diretora do HGV, Clara Leal.
A diretora ressalta que somente as cirurgias de urgência estão sendo realizadas no hospital durante a paralisação, as cirurgias eletivas foram todas canceladas.
“Nesses três dias de paralisação da uma média de 100 cirurgias não realizadas. Ora, se nós já temos uma fila muito grande de pessoas aguardando por cirurgias, é lógico que nós vamos retardar a realização dos procedimentos", afirmou a diretora.
Reinvidicações
Os médicos alegam que o Governo do Estado não cumpriu um acordo feito com a categoria em 2015, que previa um reajuste de 30% nos salários dos profissionais a partir do último mês de maio. Os profissionais estão paralisados desde a última terça-feira (28) e não descartam a possibilidade de iniciarem um movimento grevista.