Homem morto em explosão não utilizava equipamentos de segurança

Homem morto em explosão não utilizava equipamentos de segurança

Foi velado durante a manhã desta sexta-feira (16), o metalúrgico Hortelisto de Holanda  Moura, de 60 anos, que morreu após uma explosão ocorrida na empresa em que ele trabalhava, na tarde da última quinta-feira (15), na zona Norte de Teresina. A vítima era funcionário da empresa há cerca de dois anos. 

O clima entre os familiares da vítima era de consternação, já que, segundo eles, o metalúrgico não utilizava equipamentos de proteção individual (EPI) no momento em que fagulhas provocadas por um maçarico que ele utilizava entraram em contato com um recipiente de solvente, causando a explosão. 

“Eu perguntei para os meninos que trabalhavam com ele e ninguém viu. Em pleno horário de trabalho, ninguém viu meu pai sozinho. Ele estava só com uma luva, não estava usando equipamento nenhum. Lá não tinha equipamentos suficiente para eles”, afirmou Mara de Holanda, uma das cinco filhas da vítima. 

Bastante abalada, a viúva do metalúrgico, a família só foi informada da morte de seu marido horas após o acidente. 

“Só sei que ele saiu para trabalhar e recebi a notícia que ele tinha sofrido um acidente, nem que ele tinha morrido me falaram. Foram curiosos que vieram aqui saber se o corpo tinha chegado aqui, aí foi que fique sabendo. Ele estava fazendo alguma coisa para a empresa, no horário de trabalho. Infelizmente só eu e as filhas deles quem perdemos”, afirmou. 

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Fabrício Gomes, confirmou que, no momento da explosão, Hortelisto de Holanda, não utilizava nenhum equipamento de segurança. “Ele não utilizava nenhum equipamento de segurança. Se ele tivesse com algum equipamento, possivelmente ele teria ficado ferido, mas, estaria vivo”, afirmou.

Na manhã desta sexta-feira, a empresa permaneceu fechada. Em nota, o estabelecimento afirmou que já adotou todos os procedimentos legais para a elucidação do casos. De acordo com a empresa, o colaborador não estaria trabalhando com um solvente no momento do acidente, nem mesmo estaria executando qualquer serviço a mando da diretoria da empresa. 

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