Segundo relatório do Departamento Nacional de Auditoria do SUS (DENASUS), O Hospital de Urgências de Teresina (HUT) se destaca pelo maior número de óbitos do Brasil.
A auditoria que revelou o alto índice de mortalidade não aponta a grande procura pelo hospital como culpada por essa realidade, o que se fala é de falta de equipamentos necessários e sucessivos descumprimentos de resoluções da Anvisa (Agência nacional de vigilância sanitária), questões administrativas que remetem a falta de gestão.
Há informações de que são registradas 15 mortes a cada dia no Hospital e que estariam sendo feitas escolhas de pacientes que seriam 'dispensados' para dar lugar a outros atendimentos.
“São dez a quinze mortes só em um dia, já teve dias que morreram dezessete pessoas. A maioria são mortes naturais, a maioria idosos. Esse hospital está cheio de bactéria e infecção”, disse um profissional de mortuária que preferiu não ser identificado.
Funcionários afirmaram ainda que a maioria das mortes acontecem durante a madrugada. Um acompanhante declarou que o primeiro andar do hospital é um verdadeiro caos.
“Tem uma fila de macas, umas por cima das outras. A limpeza parece que nem é feita nos pacientes”, disse o acompanhante.
São tantos mortos carentes que a Sasc chegou a parar as doações de caixões por um tempo, após atraso de pagamento por parte da Prefeitura de Teresina.
Segundo o vereador Dudu, em três meses ocorreram cerca de 18 mil atendimentos no hospital, 6 mil internações e 754 mortes .
"Esse é um verdadeiro caso de polícia. Cerca de 12% dos internados faleceram e isso é uma vergonha. O hospital já trabalhou sem autorização sanitária e há um alto índice de infecção. O relatório feito pelo Denasus condena todos os equipamentos da UTI do hospital e em todas as áreas existem problemas graves", disse Dudú.
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