Após a conclusão do laudo pericial do acidente que vitimou a estudante de radiologia Ana Kalyne, de 23 anos, o advogado responsável pelo caso, Danilo Arrais, não concorda com o texto, principalmente no trecho que cita a velocidade do condutor que foi registrada em apenas 43km/h.
“Nós respeitamos, mas vamos buscar comprovar alguns fatos que podemos contestar. Vamos medidas cabíveis para que realmente ocorra de forma correta esse laudo”, explica.
O juiz aposentado de 78 anos foi intimado e se apresentou à Delegacia por Crimes de Trânsito. A família da vítima diz que ele voltou a trabalhar e já está cadastrado no Sistema Nacional de Advogados. O laudo cadavérico ainda não saiu.
Os advogados da família de Ana Kalyne dizem que, dependendo do texto do relatório final do inquérito policial, vão recorrer ao Supremo Tribunal Federal. Eles vão tentar caracterizar o crime como dolo eventual, que é aquele onde se assume o risco de morte.
O artigo 135 do Código Penal Brasileiro diz que crime como este com omissão de socorro são passiveis de pena que podem variar entre 6 e 1 ano e prisão e triplicadas quando há morte.
O primo da vítima, João Henrique Gomes, também contesta a velocidade mostrada no laudo.
“No laudo oficial foi colocado que seria de 40 a 43 km/h. Nós achamos isso um absurdo, pois qualquer motorista pode fazer o teste de colocar 40/k e saberá que não tem condições no quadro em que se desenhou tudo”, questiona.