Um caso de estupro tem gerado revolta. Um porteiro de uma Escola Municipal na zona rural de Teresina, estuprou e abusava constantemente sua própria enteada. Ele foi denunciado pelo líder comunitário Francisco das Chagas.
Apesar do depoimento triste da menor de 14 anos, há informações de que sua mãe teria se separado do padrasto, mas teria também retirado as queixas contra ele e pedido o arquivamento do caso.
“Ele me perseguia e eu cansei, eu chorava. Ele começou a me tocar desde os dez anos. O que eu quero mesmo é ver ele na cadeia”, afirmou a menor que sofreu os abusos do padrasto.
A delegada da criança e do adolescente, Kátia Esteves, informou que o caso da adolescente chegou ao conhecimento da Delegacia em novembro de 2013 e um mês depois foi encaminhado ao Ministério Público, mas não foi determinada a prisão preventiva do estuprador. Já em janeiro de 2014 a delegacia recebeu do advogado da família, um documento pedindo o arquivamento do processo, mas o mesmo não foi concedido.
A conselheira tutelar Socorro Arraes, afirma que em 6 março de 2014 o conselho tutelar recebeu a denúncia sobre o caso dessa adolescente e logo em seguida recebeu um pedido de arquivamento.
“Quando recebi a denúncia, eu fui até a casa da jovem e conversei com ela e com a mãe, elas afirmaram que já tinha feito exame e Boletim de Ocorrência e que havia sido comprovado a veracidade do estupro, mas que tinham retirado as queixas por estar sendo coagidas”, disse Socorro Arraes.
Segundo a promotora da infância e da juventude, Vera Lúcia dos Santos, todas as denúncias que chegam na Delegacia da Criança e do Adolescente são apuradas.
“Um caso dessa natureza não pode ser arquivado, mesmo com pedido de arquivamento. Num caso desses, com certeza as autoridades policiais irão apurar esses indícios e encaminhar para o ministério público”, declarou Vera Lúcia.
Por: Fabrize Lima
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