Nesta terça-feira (25), o deputado federal Mainha (PP) esteve no Jornal Agora para falar sobre a possibilidade de a denúncia contra o presidente Michel Temer ser aprovada no plenário da Câmara Federal em votação prevista para o dia 02 de agosto. O parlamentar ainda falou sobre as alianças políticas que devem ser formadas no Piauí visando as eleições de 2018.
De acordo com Mainha, uma possível saída de Michel Temer do governo causaria uma desestabilização ainda maior no país. Segundo o parlamentar, não existem provas concretas contra o presidente que justifiquem sua saída.
"O presidente Temer recebe a denuncia e o Supremo acata, ato continuo ele é afastado do governo. É um risco muito grande de em seis meses o STF não julgar, porque existem as medidas protelatórias, e não julgando o Temer volta, se ele for condenado é afastado e temos eleição indireta. Então, seria uma descontinuidade muito grande, que eu não sei como o Brasil iria suportar, para se afastar um presidente sem ter uma prova irrefutável. A maioria das pessoas é a favor da condenação, é o senso comum, mas, a gente tem que votar com a nossa consciência e pela razão”, afirmou.
Ainda de acordo com o deputado piauiense, após sair da presidência, Michel Temer continuará a responder os processos referentes à esta investigação.
"Se não aparecer um fato novo, que tenha uma prova material inquestionável, que o Temer está recebendo um recurso ou orientando alguém a receber, acho muito difícil o presidente sair, já que teremos eleição em outubro do próximo ano. Não se pode cassar um presidente apenas por um indicio ou ilação e acabando o mandato não significa que ele está isento de algum processo, ele vai responder e provar a sua inocência ou não”, disse.
Aliança no Piauí
Sobre a possibilidade de a chapa encabeçada por Wellington Dias em 2018 ter três ou até quatro candidatos ao Senado, o deputado federal afirmou que esta não seria uma boa estratégia, tendo em vista que pode fragmentar a disputa entre aliados, facilitando a vida de um possível candidato da oposição ao Senado.
"Eu acho muito difícil, falando na política real, o deputado Júlio César querer entrar em uma bola dividida. Vai ter lá dois candidatos e ele entra como o terceiro, pragmático como ele é, tendo uma eleição ajustada para deputado federal. Ou o Marcelo Castro, que é o pré-candidato do PMDB também entrar em uma bola dividida. Isso é ruim para a base, porque divide os votos que estão no mesmo grupo por três, podendo beneficiar um outro candidato da oposição. Então, acho que isso não é uma estratégia inteligente”, afirmou.