Nesta sexta-feira (31), o deputado federal Mainha (PP) esteve no Jornal Agora onde falou sobre a Reforma da Previdência que tramita na Câmara Federal, bem como sobre o fato de o Ministério Público entrar com uma ação contra o Partido Progressista.
Os procuradores querem que o PP, dez políticos do partido e um assessor devolvam aos cofres públicos mais de R$ 2 bilhões que foram desviados da Petrobras.
De acordo com o parlamentar, todos devem estar ao lado da Lava Jato, mas, é preciso que haja cuidado com a espetacularização das denuncias.
"Todos temos que estar do lado da Lava Jato, até porque há a premissa de que eles estão procurando fazer justiça e punir o que estar incorreto. Agora, nós vamos ter que ter cuidado com a espetacularização da notícia”, disse.
Segundo Mainha, o partido recebeu as doações em uma época em que a Justiça Eleitoral permitia e que não é possível se aferir com certeza que estas doações tinham interesses escusos por parte das empresas e dos partidos.
"A Justiça está entendendo que as doações oficiais vieram viciadas, nenhuma empresa doou para nenhum partido sem ter algum interesse obscuro por trás, esse é o entendimento que os agentes da Lava Jato estão tendo e que a Justiça há de julgar. Não apenas o PP, mas como todos os partidos políticos receberam doações de empresas, porque na época era liberado. Agora, se fazer um julgamento de que tudo isso que se doou para o partido foi por conta de algum interesse que não era republicano nós já vamos estar generalizando toda a doação empresarial que o PP recebeu, então é uma situação que tem que ser bem avaliada para que não haja um julgamento precipitado”, afirmou.
Reforma da Previdência
Sobre a Reforma da Previdência, o parlamentar afirmou que o PP não está fechado com a proposta enviada pelo governo e defendeu que situações específicas sejam analisadas mais profundamente.
"A gente tem que ter uma discussão nacionalista, republicana. Todos os governos quiseram reformar a previdência, para que esse desgaste se não houvesse realmente a necessidade de se fazer uma reforma. Alguns pontos precisam ser melhorados, o partido não está fechado da forma que a proposta está colocada. Talvez, tecnicamente, na questão aritmética, esta seja a melhor solução, mas, nós temos que considerar algumas situações de excessão, como por exemplo a aposentadoria rural”, disse.