O senador Ciro Nogueira, presidente nacional do Progressistas, confirmou, em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (26), que o partido desistiu da permanência de Margarete Coelho na vaga de vice na chapa do governador Wellington Dias (PT). O representante do Senado Federal explicou o porquê.
“Queria relatar que os Progressistas estão com o governador Wellignton Dias desde a eleição em 2014, quando começou a discussão sobre a participação legitima. Eu sempre disse que é legitimo que todos os paridos queiram participar da chapa majoritária, começamos, então, a defender a permanência do nome da vice governadora Margarete Coelho e todos os critérios que nós defendíamos, a população, e nós fizemos pesquisas de opinião, inclusive o nome preferido da população, esmagador pela população foi o de Margarete; se faz com os vereadores, é a vice-governadora Margarete; se faz com os prefeitos, é a vice-governadora; se faz com os vice-prefeitos também. No domingo eu tive uma reunião com o governador e ele nos comunicou que é pretenção dele uma vaga para cada partido e isso exclui o nome da vice-governadora Margarete para composição da chapa majoritária. Nós fizemos uma reunião, o governador não queria essa definição agora, mas como foi decisão do partido, nós anunciamos que os Progressistas estão fora dessa disputa em respeito a vaga de vice-governador, ficando agora sob condução do governador para que ele indique qual nome possível”, afirmou Ciro Nogueira.
Ciro garante que aliança com Wellington Dias segue firme. “Os Progressistas marcharão ao lado do governador, como é o compromisso desde 2014 e nós vamos cumprir a nossa palavra. A nossa vice-governadora, que desde que surgiu esta no partido, vai ser a nossa candidata a deputada federal”, anunciou.
Sobre rumores de que a vaga de vice na chapa do governador será ocupada pelo presidente da Assembléia, Themistocles Filho, o senador ponderou: “O deputado Themístocles é um grande companheiro do nosso partido. Eu sempre disse que não tinha restrição ao nome dele, ele só engrandece, mas também sempre disse que tinha preferência pela Margarete. Com essa situação, é natural que o MDB faça essa indicação; é uma decisão também do governador”, afirmou.
Senador também falou sobre possível descontentamento de prefeitos do partido que chegaram a fazer manifestação pela permanência de Margarete. “Agora nós vamos trabalhar a campanha, convencer os prefeitos de que essa é o melhor projeto, até porque eles defendiam a Margarete no cargo ou que ela fosse candidata e, como não é uma coisa nem outra, eu acho que eles vão optar por estarem com o seu partido”, ressaltou.
Ao falar sobre a desistência, a vice-governadora Margarete Coelho citou a participação das mulheres na Política. Segundo ela, a decisão do partido sem seu nome na disputa pela vaga de vide causa uma enorme perda, mas ressalta que nomes de outras mulheres podem urgir na definição da chapa majoritária.
“Eu, obviamente, todos sabem da minha militância no sentindo da participação das mulheres na Política e é claro que nos estamos perdendo um espaço importantíssimo, não há como negar isso sem contrariar tudo que tenho dito. Mas o governador ainda não anunciou a chapa, pode ser que venha outras mulheres na chapa majoritária. Vamos aguardar. Por enquanto perdemos o espaço de vice-governador, mas quem está perdendo nesse momento são os Progressistas”, abordou.
Ainda durante sua fala, Ciro Nogueira voltou a reforçar que a desistência pela disputa da vaga de vice não soa como ‘rompimento’ entre PP e PT. “Até porque nós estamos apoiando o governo de Wellington Dias, sendo que aqui não existe rompimento, nenhuma mudança de postura. Aqui existe uma decisão que confirma todo o nosso discurso, desde quando o governador assumiu em 2014. Não muda nada. Nós vamos aumentar o nosso trabalho em prol do nosso estado, das nossas prefeituras”, reforçou.
A correspondente da Rede Meio Norte, Samantha Cavalca, adiantou que a senadora Regina Sousa (PT) está fora das eleições. A jornalista informa que há um remanejamento para colocar Regina em uma secretaria e a mais provável seria de Administração. Sobre a desistência, Ciro disse a Samantha que não irá ‘brigar’ por cargos’. A retirada seria estratégica, segundo apurou Samantha.
A vereadora Teresa Britto (PV) afirma que foi empurrada pelo colega, o vereador Deolindo Moura (PT). “Eu pensava também sobre essa questão do machismo, eu digo ‘será se foi o machismo que reinou na cabeça da pessoa?’, 'será se foi?'. Porque a atitude realmente foi muito pequena. Nós estamos no século XXI, onde as mulheres possuem o direito de ir e vir. Nós não moramos em países aonde as mulheres não podem votar, não podem denunciar e por isso foi criado a lei Maria da Penha, a lei do Feminicídio e é por isso que não podemos calar. Nós temos que denunciar as agressões que sofrimentos, inclusive o que sofri hoje foi uma violência psicológica, física quando eu percebi empurrão hoje aqui nessa casa. Estou muito triste, porque isso é uma falta de respeito que não tem tamanho, não só com a vereadora Teresa Britto, mas com todas as mulheres do Piauí”, desabafou.
O vereador Deolindo negou as acusações. “Esses problemas são menores. Eu acho que o mais importante é trabalhar pela nossa cidade. O fato é que as vezes o debate fica caloroso, as pessoas ficam levantando coisas que não existiram”, disse, ao ser questionado sobre imagens que mostram o suposto empurrão: “Se tiver algum rancor por parte da vereadora ou uma alguma mágoa, alguma coisa…Muito tranquilo. Da nossa parte, só muita alegria e amor. Quando chega o período eleitoral muitas coisas são criadas para tentar dar foco algumas pessoas que querem se projetar”, disparou.